Cientistas Descobrem Exoplaneta Com Densidade Similar Ao Chumbo, Revolucionando Entendimento Sobre Superterras E Sua Formação No Universo.



Astrônomos realizaram uma descoberta fascinante ao identificarem K2-360 b, um exoplaneta rochoso com uma densidade tão alta que se equipara ao chumbo. Situado a cerca de 750 anos-luz da Terra, este corpo celeste acumula uma massa equivalente a 7,7 Terras, apesar de seu tamanho reduzido, sendo apenas 1,6 vez maior do que nosso planeta. Descoberto em 2016 durante a missão K2 da NASA, K2-360 b se destaca como a superterra de período ultracurto (USP) mais densa já registrada, o que contrasta fortemente com os exoplanetas gasosos leves frequentemente encontrados em estudos astronômicos.

O que torna essa descoberta ainda mais intrigante é o fato de que um ano em K2-360 b dura menos do que um dia na Terra, com um ciclo completo de órbita em apenas 21 horas. Os cientistas acreditam que a densidade excepcional do planeta, que atinge aproximadamente 11 gramas por centímetro cúbico, sugere que ele poderia ser o núcleo remanescente de um gigante gasoso que se aproximou demais de sua estrela, resultando na perda de sua atmosfera e na formação de um núcleo sólido coberto por oceanos de lava.

Para entender melhor a estrutura interna de K2-360 b, pesquisadores desenvolveram modelos baseados em observações do exoplaneta e de sua estrela hospedeira. Essa análise levou à conclusão de que aproximadamente 48% da massa do planeta é composta de um núcleo de ferro. Tal descoberta levanta a hipótese de que K2-360 b poderia ter sido um mundo maior, que tinha uma atmosfera gasosa significativa, mas que, com o tempo, migrou para uma órbita mais próxima de sua estrela, onde a intensa radiação solar levou à evaporação de seus gases.

Além disso, a equipe de pesquisa notou que K2-360 b não está sozinho no sistema planetário. Junto a ele, um segundo planeta, K2-360 c, foi identificado. Este possui características comparáveis às de Netuno, aumentando o interesse científico pelo sistema estelar e suas dinâmicas orbitais. Futuras observações podem fornecer dados relevantes para confirmar as conclusões da equipe e aprofundar nosso entendimento sobre a formação e evolução de tais exoplanetas em condições extremas.

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