Segundo informações obtidas pelo The Guardian, as equipes envolvidas nos experimentos planejam, até 2025, transferir esses dispositivos para um laboratório de precisão na Universidade Heinrich Heine, em Dusseldorf, na Alemanha. A antimatéria, que é o material mais caro da Terra e extremamente difícil de manusear devido ao risco de explosão quando entra em contato com a matéria normal, é vista pelos cientistas como uma oportunidade para resolver questões fundamentais sobre a origem do Universo e o futuro da energia limpa.
Produzir antimatéria representa um desafio financeiro, pois são necessários trilhões de dólares para obter apenas um grama, além de exigir ambientes altamente controlados, como o centro de pesquisa da Cern, próximo a Genebra. Mesmo com o risco de explosão durante o transporte, os cientistas garantem que as quantidades de antimatéria transportadas são insuficientes para causar uma explosão catastrófica, destacando os avanços que o transporte desse material representa para o futuro.
O transporte da antimatéria visa possibilitar a pesquisa mais precisa dos antiprótons, partículas que, juntamente com os pósitrons, compõem a antimatéria. Essa mudança para um novo laboratório permitirá medições 100 vezes mais precisas, o que possibilitará uma compreensão mais profunda dessas partículas.
O professor da Cern, Stefan Ulmer, ressaltou a importância da antimatéria, afirmando que “ela tem muito a nos dizer. É por isso que estamos fazendo isso”. Com esses avanços, os cientistas buscam ampliar o domínio sobre essa tecnologia e desvendar os mistérios que a antimatéria guarda sobre o Universo conhecido.