Desde a descoberta dos pergaminhos, inúmeras tentativas foram feitas para desvendar o conteúdo escondido. Métodos variados foram testados, incluindo a aplicação de substâncias como água de rosas e mercúrio, além do uso de gás vegetal e suco de papiro. Contudo, nada havia se mostrado eficaz, levando muitos a acreditar que o conteúdo permaneceria em um silêncio imutável.
A virada significativa na pesquisa veio por meio do uso de um síncrotron, uma tecnologia avançada que permite escanear materiais de maneira não destrutiva. Os cientistas conseguiram aplicar modelagem virtual, quebrando as barreiras previamente consideradas intransponíveis. Com esse novo método, foram capazes de decifrar cerca de 5% do texto, revelando passagens de um tratado de filósofos gregos epicureus, que discutem temas fundamentais da filosofia antiga.
Além disso, a pesquisa foi parte de um projeto maior conhecido como “Desafio do Vesúvio”, no qual participantes apresentaram soluções inovadoras para o desafio de leitura dos pergaminhos. Um destaque desse projeto foi a proposta vencedora de três estudantes, que utilizaram inteligência artificial para auxiliar na decodificação de textos. Por sua contribuição, eles receberam um prêmio substancial de $700.000.
O líder da pesquisa, Stephen Parsons, expressou otimismo em relação ao futuro, afirmando que as técnicas desenvolvidas podem permitir a leitura de quase todo o conteúdo do pergaminho. Com isso, a expectativa é que mais informações sobre a cultura e os pensamentos da Antiguidade possam ser desenterradas, trazendo à tona uma riqueza de conhecimento há muito perdida para o tempo.