Desde domingo, as autoridades contabilizaram 21 mortes na Índia e 17 em Bangladesh em decorrência do ciclone. Na Índia, 12 pessoas morreram após o desabamento de uma pedreira devido às fortes chuvas no estado de Mizoram, localizado no nordeste do país. Já em Bangladesh, a tempestade provocou inundações em cidades e derrubou estruturas de quebra-mar.
De acordo com o diretor do departamento meteorológico de Bangladesh, Azizur Rahman, o ciclone Remal foi um dos mais longos da história do país, com mais de 36 horas de atividade desde que tocou o solo no domingo. O recorde anterior datava de 2009, quando o ciclone Aila devastou a região por 34 horas.
Nos últimos anos, Bangladesh tem sido frequentemente atingida por fenômenos meteorológicos extremos, causando centenas de milhares de mortes. O aumento no número de supertempestades que afetam o país é atribuído ao impacto das mudanças climáticas.
A rápida formação do ciclone Remal, que evoluiu de uma depressão no Golfo de Bengala para um ciclone severo em apenas três dias, chamou a atenção dos especialistas. O ministro para a gestão de desastres, Mohibbur Rahman, relatou que 3,75 milhões de pessoas foram afetadas pela tempestade, com milhares de casas destruídas e danificadas.
Apesar da tragédia, avanços nos sistemas de previsão meteorológica e evacuação permitiram que um milhão de pessoas fossem retiradas das áreas de risco antes da chegada do ciclone, contribuindo para a redução do número de vítimas fatais. Ainda assim, as autoridades seguem em alerta para os impactos das mudanças climáticas na intensificação de fenômenos climáticos extremos.