O ataque foi direcionado à Collins Aerospace, uma subsidiária da RTX Corp., que fornece tecnologia essencial para o autoatendimento de passageiros, emissão de cartões de embarque e despacho de bagagens. A empresa confirmou o problema em seu software MUSE, utilizado em diferentes locais para facilitar o processo de check-in. Embora a magnitude do ataque tenha levantado preocupações, a Collins Aerospace afirmou que o problema foi restrito e podendo ser contornado com a adoção de procedimentos manuais para check-in.
O impacto foi visível logo cedo, quando o Aeroporto de Heathrow, o mais movimentado da Europa, divulgou que seus sistemas de check-in foram afetados, resultando em relatos de atrasos para os passageiros. Já em Berlim, as autoridades suspenderam temporariamente as conexões do sistema afetado para salvaguardar a operação e garantir a segurança dos viajantes.
Em Bruxelas, o ataque teve início na madrugada de sexta-feira (19), comprometendo todo o sistema automatizado, e forçando o aeroporto a recorrer a processos manuais, o que, segundo suas declarações, causou um impacto severo na programação dos voos. Até o momento, pelo menos 10 voos foram cancelados e 17 sofreram atrasos consideráveis, obrigando as equipes a alertar os passageiros a confirmarem o status de suas viagens antes de se dirigirem aos terminais.
É importante ressaltar que a extensão do impacto variou entre diferentes aeroportos. Enquanto Heathrow e Bruxelas enfrentaram grandes problemas, outros locais como Frankfurt e Zurique não foram afetados, mantendo suas operações normais. Além disso, os terminais situados na área metropolitana de Paris também relataram funcionamento regular, aliviando um pouco as preocupações dos viajantes.
O ataque cibernético ressuscita questões sobre a segurança dos sistemas digitais em um mundo cada vez mais dependente da tecnologia. As administrações dos aeroportos atingidos destacam a importância de os passageiros se manterem informados e aconselham que verifiquem os status de seus voos antes de se dirigirem ao aeroporto, em meio a este contexto de vulnerabilidades digitais.
