Chuvas no Rio Grande do Sul: Moradores ilhados pedem ajuda nas redes sociais enquanto autoridades enfrentam dificuldades nos resgates.

O estado do Rio Grande do Sul tem sido severamente afetado por fortes chuvas, resultando em inundações e deixando várias cidades em estado de calamidade. Moradores estão recorrendo às redes sociais em busca de ajuda para resgatar parentes ilhados, já que a mobilização dos órgãos de resgate não tem sido suficiente para atender a todos.

Relatos preocupantes surgem diariamente, demonstrando a gravidade da situação. Um socorrista compartilhou a angústia de não conseguir resgatar pessoas devido à correnteza das águas, que arrasta tudo em seu caminho. “A gente viu seis pessoas sendo levadas, arrastadas, gritando, sumiram rio à dentro”, desabafou.

Outro caso comovente é o da professora Katiúscia Ribeiro, que pediu ajuda para resgatar seis membros de sua família que estão ilhados há quase dois dias, em Canoas, na região metropolitana de Porto Alegre. Enquanto isso, vídeos compartilhados nas redes sociais mostram moradores presos em telhados aguardando por socorro, como uma residente que denunciou a falta de assistência após um helicóptero do Exército passar sem parar para resgatá-los.

Além disso, a situação se agrava com relatos de hospitais alagados, como o Hospital Pronto Socorro de Canoas, impedindo o atendimento adequado à população. A prefeitura local enfrenta dificuldades para acessar as áreas afetadas e solicita a colaboração de voluntários com barcos para auxiliar no resgate dos moradores.

Os números são alarmantes: são pelo menos 55 mortos, 74 desaparecidos, 13.324 pessoas em abrigos e 69.242 desalojadas. A situação atinge 317 dos 497 municípios gaúchos, evidenciando a dimensão do desastre climático que assola o estado. A posição geográfica favorável do Rio Grande do Sul a eventos climáticos extremos tem se tornado mais intensa e frequente devido ao aquecimento global, resultando em blecautes e escassez de água.

Diante desse cenário trágico, o governo estadual tem se esforçado para mobilizar recursos e auxiliar os afetados, contando com a solidariedade da população e a atuação conjunta dos órgãos de segurança e voluntários. A reconstrução das áreas atingidas será desafiadora, mas a esperança de superação e solidariedade prevalece em meio à tragédia.

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