Segundo as apurações, Negão, a mando de líderes da facção como Fleques e Delvane Pereira Lacerda, armazenava e distribuía os materiais diretamente da churrascaria. Além disso, o local também era utilizado como ponto de encontro para os integrantes da organização criminosa, onde líderes como Delvane e Elaine Souza Garcia se reuniam para planejar seus crimes.
As investigações também apontaram que Otavio Alex Sandro Teodoro de Magalhães, fornecedor de armas do PCC, utilizava a churrascaria como local de negociação e entrega de armamento de guerra aos faccionados. A situação levou à deflagração da Operação Baal, realizada pela Polícia Federal (PF) e pelo Ministério Público de São Paulo (MPSP) para desmantelar uma organização criminosa especializada em roubos violentos.
Na última terça-feira (10/9), a operação resultou na prisão de três investigados, incluindo um membro da facção que estava foragido desde 2005. Durante a ação, foram apreendidas armas de fogo, munições, roupas camufladas e outros itens utilizados em crimes violentos. As investigações tiveram início após uma tentativa de roubo a uma base de valores em Confresa (MT) e culminaram na denúncia de 18 pessoas na primeira fase da operação, com a possibilidade de serem condenadas a pagar multas por danos morais.
A Churrascaria do Negão, que antes era conhecida como um simples restaurante, agora ficará marcada como um ponto estratégico para operações criminosas do PCC. A descoberta desse esquema demonstra a complexidade e o alcance das organizações criminosas no Brasil, reforçando a necessidade de ações enérgicas por parte das autoridades para combater o crime organizado.