Esse cenário reflete a continuidade das disputas comerciais que marcaram os últimos anos entre os dois países. De acordo com fontes, o governo chinês está elaborado propostas que buscam reestabelecer um acordo comercial previamente firmado com a administração Trump em 2020. O chamado “Acordo da Fase Um” visava um aumento nas compras de bens e serviços americanos pela China, totalizando US$ 200 bilhões em um intervalo de dois anos, embora tenha sido considerado insuficiente e não cumprido em sua totalidade.
Pequim está agora disposta a renegociar compromissos, buscando garantir que suas indústrias evitem tarifas mais pesadas. A nova abordagem da China incluiria discussões sobre setores críticos, como baterias para veículos elétricos, além de um compromisso em reduzir a exportação de precursores químicos usados na produção de fentanil, uma substância opióide que tem gerado preocupações nos Estados Unidos.
A Embaixada Chinesa em Washington já respondeu à mais recente imposição de tarifas, instando o governo americano a “corrigir seus erros”, enquanto o Ministério do Comércio da China anunciou sua intenção de contestar essas medidas na Organização Mundial do Comércio (OMC). Este panorama ressalta não apenas a fragilidade das relações comerciais sino-americanas, mas também a complexidade das negociações que buscam promover uma estabilidade comercial em meio a tensões geopolíticas. A reação de ambos os países pode ter ramificações significativas, não só para suas economias, mas também para a dinâmica do comércio global nos próximos anos.