China se prepara para intensificar batalha comercial com União Europeia em meio à nova comissão liderada por Ursula von der Leyen.



A discussão sobre as relações comerciais entre a União Europeia (UE) e a China está se intensificando, especialmente à medida que novas autoridades se preparam para assumir a gestão da Comissão Europeia sob a liderança de Ursula von der Leyen. De acordo com recentes declarações de oficiais seniores indicados para cargos na comissão, a expectativa é que o bloco europeu adote uma postura firme e até mesmo confrontativa em relação a Pequim durante os próximos cinco anos.

As preocupações em torno da estratégia comercial da China foram realçadas por alguns pontos críticos que emergiram nas diretrizes apresentadas pelos indicados. Um foco crescente na investigação de práticas comerciais desleais, uma triagem mais rigorosa de subsídios injustos e a necessidade de combater o excesso de capacidade industrial são algumas das questões que foram destacadas. As relações entre a China e a Rússia, marcadas por interdependências armadas e estratégicas, também estão no centro dessa nova abordagem política.

A declaração mais recente ocorreu na quarta-feira, antes das audiências de confirmação no Parlamento Europeu, com a nova comissão prevista para entrar em operação até o final de novembro. O discurso de Kallas, um dos salientados na administração, pediu um uso mais eficaz do “novo regime de sanções horizontais sobre ameaças híbridas”, enfatizando a vigilância sobre ações de países como Rússia, Irã e Coreia do Norte, além de mencionar a China como um ator que se aproveita das vulnerabilidades das sociedades europeias.

Embora as decisões finais sobre as diretrizes da política externa e comercial caiam sob a influência dos 27 Estados-membros da UE, as áreas sob controle direto da Comissão, como comércio e concorrência, devem continuar a refletir uma agenda rigorosa em relação a Pequim. Esta mudança de postura é um indicativo claro de que a UE está se afastando das estratégias de livre comércio que antes prevaleciam, adotando medidas mais protetivas que, no entanto, enfrentam resistências significativas de diversas nações membros.

O cenário se mostra desafiador e complexo, à medida que as autoridades europeias procuram equilibrar a segurança econômica e a necessidade de um relacionamento comercial mutuamente benéfico com a China. A pressão interna dentro da UE pode complicar ainda mais o processo, pois a percepção de uma crescente centralização de poder por Bruxelas gera desconforto em vários parceiros da união. As próximas etapas nas relações Europeu-Chinesas serão observadas atentamente, já que cada movimento pode ter repercussões significativas para a economia global.

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