O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores da China, Lin Jian, foi enfático em sua resposta, afirmando que a ação dos EUA distorce o conceito de segurança nacional. Em uma coletiva de imprensa realizada em Pequim, Lin classificou a proibição como “infundada e maliciosa”, ressaltando que ela visa deliberadamente minar o desenvolvimento da indústria de chips e IA na China, além de obstruir as regras do mercado. Ele advertiu que tais ações prejudicam as cadeias de suprimentos globais, que já enfrentam desafios significativos em decorrência de políticas comerciais agressivas.
A nova diretriz, divulgada na última segunda-feira, imediatamente após o anúncio de um acordo de trégua tarifária entre os dois países, amplia o controle sobre chips de computação avançada usados para treinamento de modelos de IA com aplicações militares. Este controle se estende também a outros países considerados adversários pelos EUA, como Irã, Síria e Venezuela.
Enquanto isso, o governo da era Trump sustentou que a concessão de acesso a tecnologias sensíveis para empresas chinesas representa um risco à segurança nacional dos Estados Unidos. Em essência, a violação das normas de exportação pode resultar em punições legais e na inclusão das empresas infratoras em uma lista negra, consideradas ameaças à segurança nacional.
Essa escalada nas tensões entre as potências não ocorre em um vácuo; ela se dá em um contexto onde tecnologias de IA são cada vez mais críticas para a competitividade global. Chips da Huawei, amplamente utilizados em diversas aplicações, como data centers e veículos autônomos, representam uma peça fundamental neste tabuleiro. Na disputa por supremacia tecnológica, empresas como Nvidia e Google se destacam nos Estados Unidos, fazendo da batalha em torno dos chips um campo de batalha estratégico.
Com a situação em constante evolução, as reações prometem continuar a moldar o cenário internacional e a dinâmica das relações entre os EUA e a China.