Esse aumento nas importações pode ser atribuído à robusta demanda dos refinadores independentes e das grandes empresas estatais de petróleo da China. Em um movimento estratégico, a China tem ampliado suas reservas energéticas, especialmente em um contexto global marcado por instabilidades no mercado do petróleo. Embora as relações comerciais com outros países produtores, como o Irã, tenham enfrentado desafios, a prioridade parece estar na Rússia, que se tornou um pilar nas importações chinesas.
Contrapõe-se a essa realidade a queda nas importações de petróleo da Arábia Saudita, que anteriormente detinha a posição de maior fornecedor. Em 2024, os embarques sauditas caíram para cerca de 1,57 milhão de bpd. Em contraste, as remessas da Malásia, frequentemente utilizada como centro de transbordo para petróleo de origem sancionada, como o do Irã e da Venezuela, cresceram 28%. Além disso, o Brasil também se destacou, com um aumento de 17% nas exportações de petróleo para a China.
O panorama atual evidencia uma estratégia deliberada da China para diversificar suas fontes de petróleo, enquanto continua a fortalecer sua relação com a Rússia. Essa movimentação é reflexo não apenas das pressões do mercado internacional, mas também da necessidade de garantir uma oferta estável em meio a uma demanda energética crescente. O futuro das importações de petróleo na China se desenha em um cenário de adaptações constantes, onde os relacionamentos estratégicos desempenharão um papel crucial na segurança energética do país.