O porta-voz destacou que a posição da China é clara: o espaço deve ser utilizado para fins pacíficos, sem transformá-lo em um campo de batalha. Zhang enfatizou a importância de buscar a paz no espaço, pedindo aos Estados Unidos que reconsiderem suas “ações perigosas” nesse novo domínio militar e que contribuam para um clima de segurança duradouro.
As acusações da China não surgem do nada. O governo chinês alega que os EUA estão intensificando suas operações espaciais, criando forças militares dedicadas e consolidando alianças com outras nações para aumentar a presença militar no espaço. Zhang afirmou que essa expansão do poder militar dos EUA no espaço é uma ameaça à estabilidade estratégica global, uma preocupação que cresce a cada dia, à medida que novas tecnologias e políticas se desenvolvem.
Recentemente, foi anunciado que os Estados Unidos estabeleceriam uma nova unidade de tropas espaciais no Japão, especificamente na base aérea de Yokota, em Tóquio. Essa unidade trabalhará em conjunto com as Forças de Autodefesa do Japão, focando na troca de informações sobre monitoramento espacial e possíveis lançamentos de mísseis, em um aparente esforço para conter ameaças percebidas da Coreia do Norte e da China.
Diante desse quadro, as tensões no cenário espacial aumentam, refletindo um ambiente global onde ameaças militares se expandem além da Terra, levando a uma nova e complexa dinâmica de poder que poderia afetar não apenas os países envolvidos, mas todo o sistema internacional. Em um contexto em que a exploração espacial se torna cada vez mais uma questão de segurança nacional, é vital que líderes mundiais abordem a questão com responsabilidade para evitar escaladas desnecessárias.