China e Brasil firmam 37 acordos e consolidam laços em busca de um multilateralismo mais forte e uma parceria mutuamente benéfica.



No dia 20 de novembro de 2024, os presidentes da China e do Brasil, Xi Jinping e Luiz Inácio Lula da Silva, respectivamente, se reuniram em Brasília, onde assinaram um total de 37 acordos em diversas áreas, reforçando a parceria estratégica entre as duas nações. Este encontro consolidou não apenas os laços bilaterais, mas também aprofundou a discussão sobre o fortalecimento do multilateralismo em um cenário internacional em transformação.

Analistas políticos, especialistas em relações sino-brasileiras, interpretaram a visita como um passo significativo em direção a um modelo de cooperação “ganha-ganha” que favorece ambos os países. Maurício Santoro, cientista político e professor de relações internacionais, ressaltou a sintonia entre as agendas dos dois líderes, afirmando que seus objetivos convergem em busca de um mundo mais multipolar, especialmente através da reformulação das instituições globais em benefício do Sul Global.

Por outro lado, o jurista e analista geopolítico Hugo Albuquerque destacou que, apesar do grande potencial de sinergia entre Brasil e China, a relação ainda enfrenta desafios, como a dolarização das transações comerciais. Ele afirmou que o fortalecimento dos laços bilaterais pode servir como um exemplo para outras relações globais, especialmente dentro do BRICS, que é visto como um precursor de uma nova ordem geopolítica menos dominada por potências ocidentais.

Um dos pontos de discórdia mais marcantes foi a Iniciativa Cinturão e Rota, um projeto de infraestrutura ambicioso da China que o Brasil decidiu não adotar. Segundo Albuquerque, essa escolha foi influenciada por grupos ocidentalistas que temiam o afastamento do Brasil das suas alianças tradicionais. A não adesão, no entanto, foi criticada como uma oportunidade perdida para fortalecer a infraestrutura brasileira.

O encontro também abordou questões de segurança e diplomacia, especialmente em relação à crise na Ucrânia. Os presidentes se comprometeram a promover entendimentos comuns e mediação de conflitos, incentivando a criação de grupos de amizade entre nações do Sul Global. Ambos os líderes ressaltaram a importância de uma abordagem pacífica e política para resolver conflitos, refletindo um desejo de influenciar as dinâmicas globais de paz.

Dessa forma, a cúpula Sino-Brasileira não apenas discutiu aspectos comerciais e de cooperação, mas também moldou uma nova narrativa de colaboração internacional, destacando o papel crescente de both countries como atores importantes nas questões geopolíticas contemporâneas.

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