A lista foi divulgada na revista “Defense Industry Conversion in China”, que é supervisionada pela Administração Estatal de Ciência, Tecnologia e Indústria para a Defesa Nacional da China. Especialistas afirmam que esses alvos são considerados fundamentais para o sistema de Capacidade de Engajamento Cooperativo (CEC) da Marinha dos EUA, uma rede integrada que combina informações para uma resposta rápida em defesa aérea e alertas precoces. Essas capacidades são essenciais para a efetividade da defesa americana, especialmente em um contexto de possíveis tensões ou confrontos regionais.
Mo Jiaqian, uma autoridade em guerra eletrônica do ELP, destacou que a fragilidade desses sistemas pode ser explorada. Ela explicou que a rede CEC, que depende de uma série de radars com matriz faseada e links de comunicação sem fio, é vulnerável a interferências eletrônicas, que podem comprometer a precisão e a eficácia do sistema. Essa fragilidade abre uma janela de oportunidade para que o Exército chinês desenvolva táticas de ataque mais eficazes.
Dentre as táticas sugeridas, destacam-se o uso de drones que poderiam se aproximar dos radars para criar interferência e alvos falsos, comprometendo assim a precisão da detecção americana. Mo identificou que sistemas específicos, como o radar AN/SPY-1 da Lockheed Martin e a aeronave de alerta precoce E-2C Hawkeye, estariam entre os principais focos dos esforços de guerra eletrônica da China.
Esse desenvolvimento representa um cenário alarmante, refletindo um aumento nas tensões geopolíticas e uma corrida armamentista em avanços tecnológicos entre os dois países, evidenciando a crescente necessidade de vigilância e resposta a ameaças emergentes em um mundo cada vez mais polarizado militarmente. À medida que as relações entre as nações se deterioram, o conflito se torna uma possibilidade real, alertando sobre as repercussões que tal conflito poderia ter para a estabilidade global e segurança internacional.