China desenvolve bombardeiro nuclear Xian H-6, considerado uma nova ameaça à Marinha dos EUA, aumentando a tensão no cenário militar do Pacífico.



O bombardeiro nuclear chinês Xian H-6, embora tenha suas raízes no modelo soviético Tu-16, se consolidou como um elemento central no arsenal militar da China e representa uma preocupação significativa para a Marinha dos Estados Unidos. Com uma autonomia de combate de até 4.000 quilômetros e uma capacidade de carga de 11,3 toneladas, o H-6 atua como uma plataforma versátil para o lançamento de mísseis balísticos e de cruzeiro, o que eleva as capacidades de dissuasão chinesas em um cenário de crescente rivalidade militar no Pacífico.

As versões mais recentes do H-6, que incorpora tecnologias avançadas, possuem um teto operacional de aproximadamente 12.800 metros. Esta melhoria é evidenciada pelo uso de motores de nova geração e materiais de construção de composição avançada, que permitem ao bombardeiro operar com maior eficiência e versatilidade. Além de suas funções nucleares, o Xian H-6 desempenha uma variedade de missões convencionais, o que potencializa ainda mais sua relevância nas operações militares.

A flexibilidade do H-6, que pode realizar missões de reconhecimento, lançamento de mísseis e operações marítimas, torna-o um importante componente na estratégia militar da China. Essa estratégia, conhecida como “sistema de sistemas”, visa desafiar as operações navais dos EUA na região e aumentar a presença chinesa no Oceano Pacífico. A preocupação da Marinha dos EUA é acentuada pelo fato de que, com a descontinuação do icônico caça F-14 Tomcat, a força de defesa aérea de longo alcance dos Estados Unidos foi significativamente reduzida, o que levanta questões sobre a capacidade de enfrentar ameaças emergentes como o H-6.

As operações do Xian H-6 indicam um avanço significativo na capacidade militar da China, sublinhando a necessidade de vigilância constante e atualização das estratégias defensivas por parte dos Estados Unidos e seus aliados. Em um ambiente geopolítico cada vez mais complexo, a dinâmica entre os dois países está em constante evolução, refletindo uma corrida armamentista e a busca pela dominância militar.

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