O projeto, que antes parecia uma ambição distante devido à complexidade tecnológica envolvida, superou desafios significativos durante suas fases de teste. Os pesquisadores trouxeram à tona a possibilidade de bloquear efetivamente sinais de satélite, como os utilizados em sistemas de GPS. Este feito é especialmente relevante em um contexto em que a guerra moderna muitas vezes depende da precisão dos dados de localização obtidos via satélites.
Um dos aspectos mais intrigantes deste sistema é a necessidade de sincronia entre os emissores de micro-ondas, que devem trabalhar em total harmonia para que as ondas eletromagnéticas se concentrem em um único ponto. Para garantir essa precisão, os dispositivos de transmissão foram interligados utilizando fibras ópticas, permitindo uma “sincronização de precisão de tempo ultra-alta”. Os cientistas estipulam que cada emissor deve ser posicionado com uma margem de erro de apenas alguns milímetros, e a variação temporal entre eles deve ser inferior a 170 picossegundos – uma exigência que é mais rigorosa do que a precisão dos relógios atômicos empregados em tecnologias de GPS.
Além de seu potencial uso militar, os pesquisadores enfatizam que essa nova tecnologia não se limita a aplicações bélicas; ela também poderia abrir portas para pesquisas científicas inovadoras. Essa versatilidade sugere que a arma, apesar de suas características militares, pode ter um papel significativo em diversas áreas de estudo e desenvolvimento tecnológico.
O progresso na área de armas de feixe de energia, como essa iniciativa chinesa, levanta questões importantes sobre a corrida armamentista moderna e os limites da pesquisa em tecnologia militar, além de despertar o interesse de nações ao redor do mundo em saber como essas inovações podem alterar o equilíbrio de poder global. À medida que a tecnologia avança, a busca por regulamentações e debates sobre ética em armamentos complexos se torna cada vez mais necessária.