China avisa UE sobre separação de preços de veículos elétricos e alerta para possíveis impactos nas negociações tarifárias bilaterais.



O governo da China emitiu um alerta à União Europeia, solicitando que não sejam feitas negociações separadas sobre a preços dos veículos elétricos elaborados no país e comercializados na região europeia. Pequim argumenta que tal prática poderia “abalar as fundações” das tratativas tarifárias que estão em andamento entre as duas partes. Esta advertência foi oficialmente comunicada no último sábado, 12 de outubro, pelo Ministério do Comércio chinês.

Os comentários da China surgem em um contexto de tensão econômica, especialmente após a rejeição da proposta chinesa para que os veículos elétricos fabricados em suas fábricas fossem vendidos na UE a um preço mínimo de US$ 32 mil. A proposta tinha como objetivo evitar a implementação de tarifas que a União Europeia planeja impor a partir do próximo mês. A recusa da proposta acentuou as preocupações da China, que teme que a imposição dessas tarifas possa gerar uma guerra comercial mais ampla.

Além da condução das negociações, o governo chinês mencionou que há “relatórios relevantes” sobre a prática de negociações separadas, embora não tenha detalhado quais seriam essas informações. O pedido da China se refere ao envolvimento de diversos fabricantes, incluindo empresas europeias que operam na China. Estas empresas autorizaram a Câmara de Comércio Chinesa de Máquinas e Eletrônicos a avançar com a proposta de um plano de compromisso de preços que agregue a posição da indústria como um todo.

A situação tem gerado uma onda de solicitações de diversos setores da indústria europeia, não apenas na área automotiva, mas também em segmentos como o de tintas e bebidas alcoólicas, que estão preocupados com as potenciais retaliações chinesas. As indústrias europeias pedem à UE que leve em consideração as repercussões que as tarifas de carros elétricos podem ter em suas operações e competitividade. Assim, o clima econômico entre a China e a Europa permanece tenso, com os dois lados enfrentando um momento crítico de negociações comerciais.

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