No entanto, este sucesso chinês vem acompanhado de preocupações por parte de nações ocidentais, especialmente Estados Unidos e Reino Unido. Para esses países, o crescimento exponencial do superávit da China é interpretado como um desequilíbrio que pode impactar o comércio global e desestabilizar economias. Consequentemente, várias nações, desde a América do Sul até a Europa, já implementaram medidas protecionistas, elevando tarifas sobre produtos chineses, como aço e veículos elétricos, na tentativa de controlar o influxo de bens vindos do gigante asiático.
Além disso, a pressão internacional também resultou em esforços para desencorajar o investimento estrangeiro na China, buscando diminuir a dependência de empresas estrangeiras e conter o crescimento do superávit. Tais ações têm como alvo não apenas setores econômicos específicos, mas sim uma reavaliação das relações comerciais globais.
Apesar das barreiras e da crescente tensão comercial, os números mostram que o superávit da China permanece robusto. Em outubro, o superávit foi o terceiro maior na história do país, e as relações comerciais com os principais parceiros, como os EUA e a União Europeia, continuam a se expandir. O superávit com os americanos, por exemplo, cresceu 4,4% até agora em 2024.
Assim, à medida que a China se prepara para estabelecer um novo recorde em seu superávit comercial, o ocidente deve lidar com as implicações e desafios que esse fenômeno econômico traz, questionando seja as suas políticas tarifárias e seus acordos comerciais, levantando um debate que promete durar nas discussões econômicas internacionais.