Segundo análises de especialistas em comércio internacional, a China está utilizando um arsenal de medidas que não só afeta diretamente o comércio entre as nações, mas também busca minimizar o impacto econômico em seu próprio território. Entre as ações mais significativas estão o aumento de tarifas sobre certos produtos americanos e a adição de empresas dos EUA a uma lista de entidades consideradas “não confiáveis”. Adicionalmente, medidas de controle de exportação foram implementadas sobre insumos industriais cruciais, como tungstênio e telúrio – elementos essenciais em várias indústrias, incluindo a tecnologia e a energia.
Essas abordagens, segundo os analistas, visam não apenas retaliar as ações dos Estados Unidos, mas também atingir setores específicos de sua economia. Em particular, a indústria de energia, especialmente o petróleo, e o setor de metais raros, considerados estratégicos, estão entre os alvos preferenciais das sanções chinesas. A intenção é aumentar a pressão sobre os mercados americanos, enquanto a China tenta proteger seus interesses econômicos e de desenvolvimento.
Com a guerra comercial já em curso, especialistas alertam que essa nova rodada de ações pode intensificar ainda mais o embate, com repercussões que vão além das duas nações, afetando mercados globais e cadeias de suprimento internacional. As relações entre os dois países não só estão sob tensão, mas também são um indicativo das mudanças dinâmicas no cenário econômico global, onde cada movimento estratégico tem o potencial de reverberar em todo o sistema econômico internacional.
À medida que essa guerra de tarifas e sanções continua, observa-se que o jogo de xadrez econômico entre Washington e Pequim está longe de chegar ao fim, com cada lado buscando desferir golpes que possam garantir vantagens de longo prazo em um contexto de concorrência global cada vez mais acirrada.