Essa postura crítica em relação à China veio em um momento em que o governo dos EUA, liderado pelo presidente Joe Biden, anunciou a retomada das tarifas sobre centenas de bens importados da China. Essa decisão aumenta as tensões comerciais entre os dois países e pode indicar um caminho de conflito ainda maior caso o ex-presidente Donald Trump retorne à Casa Branca nas próximas eleições.
Além dos EUA, outros membros do G-7, como Alemanha, França e União Europeia, também manifestaram preocupações em relação às práticas comerciais chinesas. O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, foi um dos que pressionaram por uma postura mais unificada do grupo em relação à China.
O comunicado do G-7 também sugere que medidas retaliatórias podem ser tomadas pelo grupo como um todo, visando tornar as cadeias de suprimentos mais resilientes e diversificadas, além de proteger tecnologias críticas. Ainda não há consenso dentro do G-7 sobre até onde elevar a temperatura no comércio global, mas a postura mais assertiva em relação à China é evidente.
Essa reunião do G-7, que inicialmente tinha como foco a engenharia da ajuda para a Ucrânia e discussões sobre a economia global, acabou colocando em destaque as preocupações em relação à China e as possíveis ações que o grupo pode tomar para lidar com as práticas comerciais consideradas desleais. A expectativa é que estudos mais aprofundados sejam realizados para avaliar o impacto macroeconômico dessas práticas e abrir um diálogo com outros países sobre questões relacionadas a políticas industriais e excesso de capacidade.