Chefes do G-7 criticam comportamento da China no comércio global e ameaçam adotar medidas retaliatórias em demonstração de unidade.


O comportamento da China no sistema global de comércio foi alvo de duras críticas pelos chefes de finanças do G-7, que reúne algumas das economias mais desenvolvidas do mundo, durante uma reunião na cidade italiana de Stresa, à beira de um lago, no último sábado. Os representantes dos Estados Unidos, Japão, Alemanha, Reino Unido, França, Itália e Canadá emitiram um comunicado conjunto destacando as preocupações em relação às práticas não mercadológicas adotadas pela China, que estariam prejudicando as economias de seus parceiros comerciais.

Essa postura crítica em relação à China veio em um momento em que o governo dos EUA, liderado pelo presidente Joe Biden, anunciou a retomada das tarifas sobre centenas de bens importados da China. Essa decisão aumenta as tensões comerciais entre os dois países e pode indicar um caminho de conflito ainda maior caso o ex-presidente Donald Trump retorne à Casa Branca nas próximas eleições.

Além dos EUA, outros membros do G-7, como Alemanha, França e União Europeia, também manifestaram preocupações em relação às práticas comerciais chinesas. O ministro das Finanças da França, Bruno Le Maire, foi um dos que pressionaram por uma postura mais unificada do grupo em relação à China.

O comunicado do G-7 também sugere que medidas retaliatórias podem ser tomadas pelo grupo como um todo, visando tornar as cadeias de suprimentos mais resilientes e diversificadas, além de proteger tecnologias críticas. Ainda não há consenso dentro do G-7 sobre até onde elevar a temperatura no comércio global, mas a postura mais assertiva em relação à China é evidente.

Essa reunião do G-7, que inicialmente tinha como foco a engenharia da ajuda para a Ucrânia e discussões sobre a economia global, acabou colocando em destaque as preocupações em relação à China e as possíveis ações que o grupo pode tomar para lidar com as práticas comerciais consideradas desleais. A expectativa é que estudos mais aprofundados sejam realizados para avaliar o impacto macroeconômico dessas práticas e abrir um diálogo com outros países sobre questões relacionadas a políticas industriais e excesso de capacidade.

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