Chefes da diplomacia dos Estados da Confederação se reúnem para cooperação e negociações com CEDEAO, enquanto Chade se manifesta contra acordo militar com França.



Os chefes da diplomacia dos Estados da Confederação da África Equatorial Saheliana (AES) têm um encontro marcado para o próximo domingo (26), visando discutir a cooperação entre os países membros do bloco. De acordo com informações divulgadas pelo Ministério das Relações Exteriores de Burkina Faso, os países estão trabalhando juntos em uma estratégia unificada para as negociações com a Comunidade Econômica dos Estados da África Ocidental (CEDEAO).

O objetivo do encontro é estabelecer uma abordagem comum para as negociações, com o intuito de preservar e promover os interesses dos países que compõem a Aliança dos Estados do Sahel. Enquanto isso, no Chade, um país que não é membro da AES, porém possui proximidade geográfica e histórica com o bloco, uma grande manifestação ocorreu em apoio à ruptura do acordo militar com a França.

A manifestação, organizada pela plataforma “Chad First”, contou com a presença de autoridades, crianças, estudantes, empresários e ativistas civis. Em novembro passado, o Chade anunciou sua saída do acordo de cooperação militar com a França, alegando que o compromisso assinado na década de 1970 havia se tornando obsoleto, segundo o presidente Mahamat Idriss Déby Itno.

Além disso, o ministro das Relações Exteriores de Togo, Robert Dussey, afirmou que o país pode vir a se juntar à Aliança dos Estados do Sahel, caso o presidente da república tome essa decisão. Dussey destacou a falta de soberania genuína no continente africano, denunciando o uso da África para servir aos interesses das grandes potências.

A formação da AES em setembro de 2023 pelos países Burkina Faso, Níger e Mali teve como objetivo fortalecer a segurança colaborativa e impulsionar o progresso socioeconômico na região. A possível adesão do Togo à aliança também foi discutida, com especialistas apontando que a separação da CEDEAO poderia trazer benefícios estratégicos ao país.

Segundo analistas políticos, juntar-se à AES permitiria que o Togo fortalecesse sua infraestrutura portuária e aeroportuária, tornando-se um grande centro marítimo para os países membros da aliança. Além disso, o país poderia se beneficiar da experiência em ações antiterrorismo das nações da AES.

Dessa forma, a possível adesão do Togo à Aliança dos Estados do Sahel representa uma mudança significativa na geopolítica da região, com potencial para fortalecer a cooperação entre os Estados da Confederação e impulsionar o desenvolvimento regional.

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