O objetivo do encontro é estabelecer uma abordagem comum para as negociações, com o intuito de preservar e promover os interesses dos países que compõem a Aliança dos Estados do Sahel. Enquanto isso, no Chade, um país que não é membro da AES, porém possui proximidade geográfica e histórica com o bloco, uma grande manifestação ocorreu em apoio à ruptura do acordo militar com a França.
A manifestação, organizada pela plataforma “Chad First”, contou com a presença de autoridades, crianças, estudantes, empresários e ativistas civis. Em novembro passado, o Chade anunciou sua saída do acordo de cooperação militar com a França, alegando que o compromisso assinado na década de 1970 havia se tornando obsoleto, segundo o presidente Mahamat Idriss Déby Itno.
Além disso, o ministro das Relações Exteriores de Togo, Robert Dussey, afirmou que o país pode vir a se juntar à Aliança dos Estados do Sahel, caso o presidente da república tome essa decisão. Dussey destacou a falta de soberania genuína no continente africano, denunciando o uso da África para servir aos interesses das grandes potências.
A formação da AES em setembro de 2023 pelos países Burkina Faso, Níger e Mali teve como objetivo fortalecer a segurança colaborativa e impulsionar o progresso socioeconômico na região. A possível adesão do Togo à aliança também foi discutida, com especialistas apontando que a separação da CEDEAO poderia trazer benefícios estratégicos ao país.
Segundo analistas políticos, juntar-se à AES permitiria que o Togo fortalecesse sua infraestrutura portuária e aeroportuária, tornando-se um grande centro marítimo para os países membros da aliança. Além disso, o país poderia se beneficiar da experiência em ações antiterrorismo das nações da AES.
Dessa forma, a possível adesão do Togo à Aliança dos Estados do Sahel representa uma mudança significativa na geopolítica da região, com potencial para fortalecer a cooperação entre os Estados da Confederação e impulsionar o desenvolvimento regional.