Chefe do Comando Sul dos EUA deixa cargo em meio a tensões com a Venezuela e reforço militar no Caribe.

Em um contexto marcado por crescentes tensões entre os Estados Unidos e a Venezuela, o almirante Alvin Holsey, comandante do Comando Sul das Forças Armadas dos EUA, anunciará sua saída do cargo ao final deste ano. A decisão foi divulgada pelo secretário de Guerra americano, Pete Hegseth, em uma coletiva de imprensa nesta quinta-feira. Holsey, que acumula mais de 37 anos de experiência militar, assumiu a liderança do Comando Sul no final do ano passado, em um cargo que normalmente possui um mandato de três anos.

Fontes próximas ao governo indicam que o motivo para a saída pode estar relacionado a desavenças recentes entre Holsey e Hegseth, criando um clima de incerteza sobre a estabilidade de sua permanência no cargo. Rumores sobre uma possível demissão têm circulado, intensificando a especulação em torno das mudanças na hierarquia militar americana para a região.

Sua saída ocorre em um momento crítico, quando a presença militar dos EUA no Caribe está sendo reforçada em resposta a uma deterioração nas relações diplomáticas e estratégicas com o governo venezuelano. A administração estadunidense tem demonstrado preocupação com o regime de Nicolás Maduro, culminando em movimentos estratégicos que incluem o aumento do suporte militar e de operações na área.

O Comando Sul é responsável por operar em a maior parte da América Latina e do Caribe, e a efetividade da liderança de Holsey nesses desafios tem sido questionada, especialmente em tempos de crescente incerteza geopolítica. A mudança de comando pode trazer novas diretrizes para a abordagem dos EUA em relação à Venezuela e, consequentemente, influenciar o cenário regional.

Além disso, as implicações dessa troca de liderança vão além das questões estritamente militares, afetando também as dinâmicas políticas e sociais na região. À medida que a administração Biden busca redefinir sua política externa na América Latina, é provável que o futuro comandante do Comando Sul tenha um papel crucial em moldar as relações entre os EUA e os países vizinhos, principalmente em um ambiente onde o diálogo parece cada vez mais distante.

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