A Polícia Militar do Rio de Janeiro confirmou que, além de seu envolvimento no tráfico, Folly acumulava passagens por roubo de veículos e de cargas. Ele tinha 16 mandados de prisão abertos, relacionados a homicídios, assaltos e tráfico de entorpecentes. Após mais de oito anos foragido, TH foi localizado em um “bunker” na comunidade do Timbau, onde se escondia da polícia.
A trajetória criminosa de Folly é marcada por violações graves da lei. Entre os crimes que lhe são atribuídos, destaca-se sua participação na morte de pelo menos dois policiais militares em junho do ano passado, Jorge Henrique Galdino Cruz e Rafael Wolfgramm Dias, ambos mortos durante uma operação policial na Maré, área sob seu domínio. Além disso, ele é acusado da morte do cabo do Exército Michel Augusto Mikami, em 2014, e de um soldado da Força Nacional, Hélio Andrade, que foi vítima de um erro trágico ao entrar na Vila do João, em um incidente que culminou na sua morte dias antes dos Jogos Olímpicos de 2016.
Com uma extensa ficha criminal, TH era o responsável pela supervisão do tráfico de drogas em 11 das 16 favelas controladas pelo TCP na Maré, consolidando ainda mais seu poderio na região. Sua notoriedade foi amplamente ampliada quando, em 2024, a influenciadora e advogada Deolane Bezerra publicou fotos usando um cordão de ouro, que teria pertencido a ele, chamando atenção para sua influência e estilo de vida.
No início de setembro de 2022, o nome de Folly apareceu em mais de mil solicitações de prisão feitas por agentes de segurança, que investigavam seu envolvimento no treinamento de novos integrantes do TCP em um clube particular na Vila do João. A morte de Thiago Folly não apenas representa uma vitória para a polícia, mas também levanta questões sobre a complexidade da batalha contra o crime organizado no Rio de Janeiro. A operação que resultou em sua morte deixa um legado de esperança, mas também faz ecoar os desafios contínuos enfrentados pelas autoridades na luta contra o tráfico e a violência nas comunidades cariocas.