Chefão do PCC é preso com fuzis e revela esquema de corrupção em novas investigações sobre tráfico internacional de drogas na fronteira com o Paraguai.

Investigações Revelam Atuação de Chefão do PCC Fronteiriço

O universo do crime organizado na fronteira com o Paraguai é marcado pela ousadia e violência, como demonstram as atividades de Nelson Gustavo Amarilla Elizeche, conhecido como “Nortenho”, um dos líderes do Primeiro Comando da Capital (PCC). Recentes investigações da Polícia Federal (PF) revelaram detalhes inquietantes sobre as operações ilícitas sob seu comando, que incluem ostentação de armamento pesado, tráfico internacional de drogas e corrupção de autoridades policiais.

Nortenho, que foi preso em setembro de 2024 em Cascavel, Paraná, enquanto dirigia um carro de luxo avaliado em R$ 1 milhão, é o principal alvo de uma investigação iniciada em 2022. O foco inicial era o uso de mulheres como “mulas” para o tráfico de cocaína, mas a apuração rapidamente se expandiu para incluir a corrupção endêmica entre policiais militares e penais. A situação se agravou com a descoberta de que integrantes da facção não apenas movimentavam milhões de reais, mas também promoviam a venda ilegal de armas e a realização de execuções.

Na última semana, o Tribunal Regional Federal da 3ª Região negou o pedido de soltura de diversos membros da facção presos na Operação Blacklist, um desdobramento da investigação que culminou na detenção de nove indivíduos em São Paulo e Mato Grosso em maio de 2025. Os líderes do PCC presos, incluindo Claudio Julio dos Santos, conhecido como “Piolho”, e Sidney Augusto Magalhães, apelidado de “Colt”, foram flagrados em vídeos em que descreviam, com detalhes, o arsenal bélico da facção, evidenciando a gravidade da situação.

Os policiais envolvidos na corrupção, como Rogério de Almeida Marques e Valter Ferreira dos Santos, seriam responsáveis por encobrir as atividades criminosas, recebendo compensações financeiras em troca de suas ações. Audiovisualizações coletadas pela PF demonstram a participação ativa desses agentes na logística de envio de 4 toneladas de maconha, além de sua ligação com outros crimes em escala internacional.

As implicações desses achados são profundas, não apenas pela evidente intersecção entre crime e corrupção, mas também pelo potencial impacto na segurança pública e na estabilidade da região. Assim, as autoridades continuam a intensificar suas investigações, na esperança de desmantelar esse alicerce criminoso que atravessa fronteiras. A luta contra o tráfico e a corrupção, emblemáticas no combate ao PCC, permanece uma tarefa monumental e urgente.

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