Chef do Estado-Maior de Israel declara que objetivo da invasão em Gaza é “destruir” o Hamas, antes dos ataques mais mortais na história do país.


O chefe do Estado-Maior das Forças de Defesa de Israel, Herzl Halevi, declarou neste domingo que a responsabilidade militar da iminente invasão terrestre da Faixa de Gaza é “destruir” o Hamas. O grupo fundamentalista islâmico lançou os piores ataques da história do país, resultando na morte de mais de 1,4 mil pessoas e ferimentos em pelo menos 3,3 mil civis e militares.

As Forças de Defesa de Israel (FDI) têm realizado bombardeios retaliatórios em Gaza, resultando na morte de mais de 2,6 mil pessoas, a maioria civis, segundo autoridades palestinas. Além disso, há relatos de pelo menos mil pessoas desaparecidas sob os escombros.

Durante uma conversa com soldados perto da fronteira de Gaza, Halevi afirmou que a missão das tropas israelenses é atingir severamente o Hamas em todos os aspectos, incluindo seus comandantes e operativos, além de destruir sua infraestrutura. O objetivo é vencer o grupo extremista.

O chefe do Estado-Maior das FDI também ressaltou que os soldados israelenses realizarão uma ação que mudará a situação por muito tempo e de forma clara. Ainda não há informações precisas sobre a data e o alcance exato da invasão terrestre.

O porta-voz das FDI, Daniel Hagari, afirmou que a prontidão militar tem crescido nos últimos dias para as próximas fases do conflito. Segundo ele, uma prioridade é matar os membros do Hamas envolvidos nos ataques terroristas, que também fizeram 155 reféns. Hagari informou que 289 soldados israelenses já morreram nos últimos nove dias.

O comandante da Força Aérea israelense, Tomer Bar, anunciou que estão sendo realizados preparativos para facilitar as condições ideais para as forças terrestres, caso seja necessário uma invasão. O nível de prontidão entre os pilotos de caça, pessoal de inteligência e combatentes está acima de 100%, segundo o jornal Haaretz.

Bar ressaltou a abordagem agressiva adotada pela Força Aérea para eliminar as ameaças terrestres e aéreas. Ele afirmou que estão prontos para qualquer desenvolvimento no norte, onde a tensão com o grupo libanês Hezbollah tem aumentado.

O ministro da Defesa, Yoav Gallant, afirmou que a ofensiva em Gaza será uma guerra feroz e mortal, que mudará permanentemente a situação. Ele destacou que Israel não tem interesse em uma guerra no norte, mas caso o Hezbollah escolha esse caminho, pagará um preço alto.

A dimensão sem precedentes da convocação de reservistas militares e a ordem de retirada de 1,1 milhão de palestinos em Gaza indicam que a invasão terrestre será mais longa e intensa do que as anteriores desde a retirada de colonos israelenses do território em 2005, segundo análise do Haaretz.

O Hezbollah, com direcionamento e apoio do Irã, está trabalhando para escalar a situação ao longo da fronteira norte para desafiar Israel, de acordo com o porta-voz Hagari. A Força Aérea está preparada para responder às ameaças e se envolver em um cenário de guerra, se necessário.

Apesar da tensão na fronteira norte, o governo israelense afirmou que não quer a situação se intensifique e que não tem interesse em uma guerra nessa região. Contudo, se o Hezbollah escolher o caminho da guerra, pagará um preço alto.

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