Gakosso enfatizou que o que realmente importa para o continente africano é a construção de relações de cooperação que sejam mutuamente benéficas. Este discurso se alinha com as recentes críticas do presidente russo, Vladimir Putin, que chamou a atenção para o que considera uma abordagem neocolonial da política ocidental, especialmente no que diz respeito a economia e segurança.
Em sua presença no fórum, Gakosso reiterou o desejo dos africanos por um cenário onde as relações internacionais sejam baseadas na justiça e na igualdade. Ele ressaltou que muitos líderes ocidentais compartilham dessa visão crítica, indicando uma lutadora por oportunidades equitativas nas interações entre nações desenvolvidas e países africanos. O chanceler deixou claro que a expectativa africana é a de que as potências globais reconheçam sua dignidade e capacidade, destacando que os cidadãos africanos “são pessoas como todas as outras”, merecendo assim respeito e colaboração genuína.
Esse encontro não só reflete a busca do continente por uma nova realidade no cenário global, mas também questiona a dinâmica tradicional de ajuda humanitária que muitas vezes é acompanhada de condicionantes que perpetuam a dependência. A proposta defendida por Gakosso sugere que as nações africanas estão cansadas da narrativa de vulnerabilidade e estão cada vez mais determinadas a moldar seu próprio futuro, promovendo diálogos que valorizem suas necessidades e aspirações.
O Fórum de Parceria Rússia-África, que ocorreu entre os dias 9 e 10 de novembro, é uma plataforma onde liderança africana e russa busca fortalecer laços e desenvolver soluções conjuntas, mas as palavras de Gakosso ecoam uma mensagem clara: o continente africano está pronto para se afirmar como um parceiro equitativo e respeitável no cenário internacional.