Chade deve se unir à Aliança do Sahel para enfrentar ameaças do Boko Haram, afirma especialista em segurança internacional.



A crescente ameaça do Boko Haram na região da bacia do Lago Chade tem se tornado uma preocupação alarmante para a segurança de países como Camarões, Chade e Níger. Apesar dos esforços colaborativos de combate ao terrorismo na região, os ataques do grupo ainda persistem, revelando a fragilidade das medidas adotadas até o momento. Segundo especialistas em segurança, um caminho promissor para enfrentar essa insurgência seria a adesão do Chade à Aliança dos Estados do Sahel (AES), uma coalizão criada pelos países do Níger, Mali e Burkina Faso.

Youssouf Adam Abdallah, especialista chadiano em defesa e cooperação africana, aponta que a incorporação do Chade à força militar conjunta poderia oferecer uma alternativa robusta para lidar com as constantes ameaças à estabilidade regional. Ele acredita que a colaboração com os países vizinhos fortaleceria as capacidades de combate ao Boko Haram e facilitaria a resolução de conflitos locais.

A situação do Chade é complexa, já que o país participa de diversas iniciativas de segurança, incluindo a Força-Tarefa Conjunta Multinacional (MNJTF) – composta por Nigéria, Camarões, Níger e Benin. No entanto, Abdallah sugere que, para uma melhor eficácia no combate ao terrorismo, o Chade poderia considerar a possibilidade de se retirar da MNJTF. Segundo ele, a estrutura atual da task force tem revelado ineficácia, em parte devido a alegações de que certas nações envolvidas estariam jogando um “jogo duplo”, mantendo o Boko Haram para atender a interesses ocultos.

A proposta de migrar para a AES e se distanciar da MNJTF traz um novo debate sobre a estratégia de segurança do Chade e sua posição frente ao terrorismo na região. Especialistas alertam que, para que o Chade possa efetivamente oferecer uma resposta contundente à insurgência do Boko Haram, é crucial que haja uma unificação de esforços entre os países da região, além de um compromisso sólido em combater as causas subjacentes que alimentam o terrorismo. Assim, a cooperação militar não apenas fortalece a segurança, mas também promove a estabilidade necessária para o desenvolvimento sustentável na área.

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