Durante uma coletiva de imprensa, Haddad enfatizou a complexidade do resgate de valores depositados por usuários nos sites que serão retirados do ar. “Neste momento, não temos como acionar uma empresa localizada fora do Brasil para restituir dinheiro. Caso as pessoas não façam o saque, não há uma alternativa tecnológica para o resgate, uma vez que muitos desses sites operam com endereços em outros países”, explicou o ministro, pedindo aos consumidores que efetuem os saques antes que os sites sejam desativados.
A Agência Nacional de Telecomunicações (Anatel) também se envolveu no processo, instruindo as operadoras de telecomunicações a bloquear o acesso a esses sites dentro do território nacional. Assim, o governo busca impedir que novas apostas sejam realizadas e proteger os consumidores de possíveis fraudes que frequentemente ocorrem com plataformas não regulamentadas.
Haddad adiantou que o governo está no processo de implementar regulamentações mais rígidas sobre como as empresas de apostas funcionam no Brasil. Entre as medidas propostas estão a limitação dos métodos de pagamento disponíveis e um controle mais rigoroso da publicidade relacionada a jogos de azar, que, segundo o ministro, está “totalmente fora de controle”. Outra mudança significativa será a exigência de que as apostas sejam registradas por meio de CPF, o que permitirá um monitoramento mais eficaz das atividades de apostas no país.
Com essa série de ações, o governo brasileiro busca trazer ordem a um setor que cresceu rapidamente, mas que também trouxe à tona questões sérias relacionadas à segurança financeira dos consumidores e à integridade do jogo responsável. As medidas visam não apenas proteger os cidadãos, mas também criar um ambiente de apostas digitais mais transparente e controlado, reduzindo assim a incidência de problemas associados ao jogo irresponsável.