Censo 2022 revela mais de 4 mil pessoas em domicílios improvisados no Brasil, com destaque para barracas de lona em Alagoas.



No Censo 2022, realizado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), foram divulgados dados impressionantes sobre a realidade habitacional em Alagoas. De acordo com as informações reveladas nesta sexta-feira (6), um total de 4.293 pessoas residem em domicílios particulares improvisados no estado. Além disso, foi observado que 6.045 habitantes vivem em domicílios coletivos, como asilos e penitenciárias.

Os domicílios particulares improvisados referem-se a locais que não foram originalmente projetados para serem moradias, mas que abrigam residentes. Essa categoria engloba estruturas comerciais ou industriais degradadas, estruturas móveis, como veículos e barracas, e até mesmo calçadas, praças, viadutos e abrigos naturais, como grutas ou cavernas.

É importante ressaltar que os moradores em domicílios particulares improvisados não devem ser confundidos com a população em situação de rua, uma vez que o mapeamento realizado não abrangeu esse grupo de forma específica.

Segundo Bruno Perez, analista do IBGE, é fundamental entender que esse universo de pessoas não representa necessariamente a totalidade da população em situação de rua, incluindo casos como ocupações de disputa de terra ou moradores de tendas em áreas rurais.

Um dado relevante apontado pela pesquisa é que mais da metade dos moradores em domicílios particulares improvisados em Alagoas vivem em barracas de lona, plástico ou tecido, totalizando cerca de 2.743 pessoas. A maioria desses moradores são homens e a faixa etária mais comum abrange pessoas de 50 a 59 anos.

Além disso, a pesquisa também abordou a taxa de alfabetização desses moradores, revelando que as pessoas que vivem em tendas apresentam um alto índice de analfabetismo, chegando a 43,6%.

Já em relação aos moradores de domicílios coletivos, a maioria se encontra em penitenciárias, centros de detenção ou estabelecimentos similares. Homens representam a ampla maioria nesses locais, com uma taxa média de analfabetismo em torno de 22%.

Os dados apresentados pelo Censo 2022 lançam luz sobre a diversidade habitacional em Alagoas, evidenciando a complexidade e desafios enfrentados por diferentes grupos de moradores no estado. É fundamental que políticas e ações adequadas sejam implementadas para atender às necessidades dessas populações e promover um ambiente habitacional mais inclusivo e digno para todos.

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