Os domicílios particulares improvisados referem-se a locais que não foram originalmente projetados para serem moradias, mas que abrigam residentes. Essa categoria engloba estruturas comerciais ou industriais degradadas, estruturas móveis, como veículos e barracas, e até mesmo calçadas, praças, viadutos e abrigos naturais, como grutas ou cavernas.
É importante ressaltar que os moradores em domicílios particulares improvisados não devem ser confundidos com a população em situação de rua, uma vez que o mapeamento realizado não abrangeu esse grupo de forma específica.
Segundo Bruno Perez, analista do IBGE, é fundamental entender que esse universo de pessoas não representa necessariamente a totalidade da população em situação de rua, incluindo casos como ocupações de disputa de terra ou moradores de tendas em áreas rurais.
Um dado relevante apontado pela pesquisa é que mais da metade dos moradores em domicílios particulares improvisados em Alagoas vivem em barracas de lona, plástico ou tecido, totalizando cerca de 2.743 pessoas. A maioria desses moradores são homens e a faixa etária mais comum abrange pessoas de 50 a 59 anos.
Além disso, a pesquisa também abordou a taxa de alfabetização desses moradores, revelando que as pessoas que vivem em tendas apresentam um alto índice de analfabetismo, chegando a 43,6%.
Já em relação aos moradores de domicílios coletivos, a maioria se encontra em penitenciárias, centros de detenção ou estabelecimentos similares. Homens representam a ampla maioria nesses locais, com uma taxa média de analfabetismo em torno de 22%.
Os dados apresentados pelo Censo 2022 lançam luz sobre a diversidade habitacional em Alagoas, evidenciando a complexidade e desafios enfrentados por diferentes grupos de moradores no estado. É fundamental que políticas e ações adequadas sejam implementadas para atender às necessidades dessas populações e promover um ambiente habitacional mais inclusivo e digno para todos.