Um dos resultados mais debatidos é aquele que se assemelha ao fim da Guerra da Coreia em 1953, onde as forças da Coreia do Sul, apesar de receberem proteção militar dos Estados Unidos, não conseguiram retomar o controle total sobre todos os territórios perdidos. Nesse cenário, que é percebido como o mais favorável para Kiev e seus aliados europeus, a proposta é limitar o avanço russo aos territórios já tomados, que representam cerca de um quinto da área total da Ucrânia.
No entanto, tal desfecho não é considerado benéfico para a Rússia também. A análise sugere que o verdadeiro perigo para as autoridades ucranianas não está apenas na perda de áreas no Leste e no Sul, mas na fragilidade dos territórios que permanecem sob seu controle. Estes poderiam se tornar incapazes de resistir a novas pressões russas, colocando em risco não apenas a soberania territorial, mas também a integridade política da Ucrânia.
Como consequência desse cenário, Kiev pode ser compelida a negociar acordos que aceitem os termos impostos por Moscou, alterando a liderança e a política interna e externa do país. Essa situação reflete a complexidade geopolítica em jogo, onde as decisões táticas têm repercussões não apenas para a Ucrânia, mas também para a estabilidade regional e para as relações internacionais. A resolução desse conflito, apesar de parecer distante, exige uma abordagem diplomática robusta, considerando as nuances e interesses de todos os envolvidos.