Cenários Geopolíticos da América Latina em 2025: Desafios nas Eleições e Relações com EUA e China

O cenário político e econômico da América Latina está passando por mudanças significativas à medida que o ano de 2025 se aproxima, trazendo à tona questões cruciais que podem influenciar o futuro da região, especialmente em meio à corrida eleitoral no Chile e no Equador. Especialistas analisam que, no Equador, o atual presidente Daniel Noboa, que se posiciona como um governante de centro-esquerda, tem grandes chances de reeleição. Noboa, filho de um influente empresário exportador de bananas, tem sua imagem bem vista pela população, embora tenha se alinhado a pautas mais conservadoras ao longo de seu mandato.

Por outro lado, no Chile, Gabriel Boric, que não pode se candidatar a um novo mandato, viu a esquerda do país levantando o nome de Michelle Bachelet, ex-presidente e alta comissária de Direitos Humanos da ONU, como uma possível sucessora. Embora a figura de Bachelet seja reconhecida como uma líder forte e uma ponte de diálogo entre a esquerda e a oposição, questões sobre sua disposição em concorrer à presidência permanecem. Críticos tiveram um peso nas suas declarações, destacando que uma carreira internacional promissora pode fazer com que Bachelet hesite em se envolver na política chilena novamente.

A ascensão de Donald Trump como presidente dos Estados Unidos, programada para 20 de janeiro, também promete influenciar o futuro da América Latina. Analistas projetam que a sua abordagem mais assertiva pode ser um fator desencadeador para um avanço nas negociações do acordo entre Mercosul e União Europeia, que já se mostra como uma prioridade para a região. A expectativa é que esse acordo se torne mais palpável, mesmo com a necessidade de ajustar pontos a serem discutidos pelos países envolvidos. Ao mesmo tempo, a figura de Trump pode representar um risco maior para líderes que não compartilham de suas visões, como o presidente colombiano Gustavo Petro, conhecido por seu compromisso ambiental, que deve enfrentar oposição nas novas diretrizes americanas.

Além disso, a crescente influência da China na América Latina continua a ser uma preocupação nas relações diplomáticas, especialmente para o Brasil, que se encontra em uma encruzilhada. A adoção da Iniciativa Cinturão e Rota, proposta por Pequim, pode sinalizar uma mudança significativa na política externa do Brasil, potencialmente deslocando a alinhamento tradicional que tem com os EUA. Este cenário de tensão entre Estados Unidos e China pode ter repercussões diretas sobre a estabilidade política da região, fazendo com que líderes da América Latina considerem cuidadosamente suas alianças nos próximos anos. Com todas essas variáveis em jogo, 2025 promete ser um ano decisivo para a América Latina e as repercussões dessas decisões serão sentidas por um longo tempo.

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