Amorim classificou o BRICS como o “novo nome do desenvolvimento”, destacando que seu foco se estende além da prosperidade econômica, servindo também como um agente promotor da paz. “O BRICS é um grupo de países em desenvolvimento que busca a prosperidade, mas também almeja a paz”, afirmou. Conforme sua perspectiva, a paz se tornou uma busca central nas relações internacionais atuais, sendo quase um pré-requisito para o progresso.
O assessor lembrou que o Brasil tem sido um defensor histórico da multipolaridade e da cooperação entre os países do Sul Global. Ele ressaltou que, desde os primeiros mandatos de Luiz Inácio Lula da Silva, na década de 2000, o Brasil já abraçava esses conceitos. Amorim se posicionou fortemente em favor da ampliação do BRICS, defendendo uma abertura do bloco para a inclusão de novos membros, mas alertou que essa expansão não deve comprometer a coesão do grupo. Para ele, é crucial que a organização mantenha sua eficácia no tratamento de questões prioritárias, evitando um crescimento desmesurado que possa fragilizar sua unidade.
Adicionalmente, Amorim destacou a relevância do BRICS na facilitação do comércio entre seus membros e na construção de relações bilaterais com outras nações significativas. Segundo ele, a colaboração no âmbito do grupo tem garantido um crescimento considerável nas trocas comerciais, consolidando a importância do BRICS como um contrapeso às alianças globais existentes.
Atualmente, o BRICS conta com 11 países membros — Brasil, Rússia, Índia, China, África do Sul, Egito, Emirados Árabes Unidos, Arábia Saudita, Indonésia, Irã e Etiópia. Além disso, uma nova categoria de países parceiros foi introduzida na reunião do ano anterior, composta por Belarus, Bolívia, Cazaquistão, Cuba, Malásia, Tailândia, Uganda e Uzbequistão. A presidência rotativa do grupo está sob a liderança brasileira este ano, com a cúpula de líderes programada para ser realizada no Rio de Janeiro em julho, evidenciando o papel ativo do Brasil nas dinâmicas globais contemporâneas.









