Em setembro de 2023, Mali, Níger e Burkina Faso assinaram um pacto de defesa mútua, que deu origem à Aliança dos Estados do Sahel (AES). Essa decisão de se afastar da CEDEAO foi anunciada em 28 de janeiro de 2024, à época, os líderes do Sahel criticaram a organização por estar sob influência de potências estrangeiras e, conforme declararam, “traído seus princípios fundadores”. Eles alegaram que a CEDEAO não prestou a assistência necessária em sua luta contra o terrorismo e a insegurança que afligem suas regiões.
Na verdade, a CEDEAO havia imposto sanções e medidas punitivas a esses países, incluindo a suspensão de ajuda militar e médica. Essas medidas foram adotadas em resposta à deterioração da segurança, que culminou em um cenário em que os militares tomaram o poder em várias situações nos últimos anos.
Em um movimento mais robusto, em julho de 2024, os líderes do Mali, Níger e Burkina Faso, que incluem Asimi Goita, Abdourahmane Tchiani e Ibrahim Traore, aprofundaram a colaboração entre os três países por meio da criação da Confederação da Aliança dos Estados do Sahel. Este organismo tem como objetivo estabelecer iniciativas conjuntas em áreas como infraestrutura, segurança e finanças, marcando uma resposta coletiva aos desafios enfrentados na região.
Diante de um panorama geopolítico complexo e de constantes tensões, a CEDEAO busca agora reverter a situação e reintegrar esses estados a um bloco que, por sua vez, enfrenta críticas e questionamentos sobre sua efetividade e capacidade de apoio às nações da região. As interações nos próximos meses poderão definir o futuro das relações entre essas nações e a CEDEAO, além de impactar a segurança e a estabilidade na África Ocidental.