O pedido ao STF levanta três argumentos centrais. Primeiramente, a CBF solicita a concessão de uma medida cautelar imediata que suspenda a decisão do desembargador Zéfiro. Esse primeiro argumento é fundamental para que Ednaldo Rodrigues possa retomar suas funções, pela recorrente alegação de que sua saída se deu de forma irregular. Em segundo lugar, a entidade questiona a legalidade da nomeação de Fernando Sarney, um dos vice-presidentes da CBF, como presidente interino. A CBF argumenta que essa escolha não é válida e que Sarney não deveria assumir o cargo até que a situação de Ednaldo seja resolvida.
Por último, caso o STF não atenda ao pedido da CBF, a entidade sugere que Hélio Menezes, o diretor mais idoso, assuma a presidência da Assembleia Geral até que novas eleições possam ser realizadas. Esse detalhe é significativo, pois implica em uma possível instabilidade interna dentro da CBF, que já enfrenta críticas e dúvidas sobre sua governança.
A decisão do desembargador Zéfiro, que apoiou a medida de afastamento, foi motivada por uma análise que constatou irregularidades nas assinaturas que garantiram a legitimidade de Ednaldo como presidente da confederação. A determinação de convocar novas eleições presidenciais, portanto, parece ser um dos aspectos mais controvertidos da situação, colocando em xeque a continuidade da administração atual e a credibilidade da CBF.
A disputa jurídica se agrava em um momento delicado para o futebol brasileiro, não só pela importância da CBF em organizar campeonatos e eventos, mas também pela influência que a confederação exerce nas relações com empresas patrocinadoras e nas políticas esportivas do país. Essa batalha nos tribunais pode ter consequências duradouras para o futuro da gestão do futebol brasileiro.