CBF critica punição branda da Conmebol ao Cerro Porteño por caso de racismo no futebol sub-20, alegando ineficácia no combate.



A Confederação Brasileira de Futebol (CBF) emitiu uma nota oficial no último domingo para expressar sua indignação em relação à punição aplicada pela Comissão Disciplinar da Conmebol ao Cerro Porteño, devido ao caso de racismo contra os jogadores do Palmeiras, Luighi e Figueiredo, durante um jogo da Libertadores Sub-20. A decisão de multar o clube paraguaio em US$ 50 mil e determinar portões fechados para os próximos jogos foi duramente criticada pela CBF, que a considerou “completamente ineficaz” no combate à discriminação racial.

Para a entidade brasileira, a punição imposta à equipe sub-20 do Cerro Porteño não condiz com a seriedade do ato racista e, ao contrário, pode encorajar a repetição de comportamentos criminosos devido à sua brandura. A CBF argumentou que a sanção, que provavelmente afetará apenas os jogos restantes da categoria de base, é insuficiente e não atende à necessidade de uma postura firme contra o racismo. “A decisão não confronta a discriminação racial ocorrida com a severidade necessária, mas, lamentavelmente, estimula a ocorrência de novos atos criminosos”, afirmou a entidade em sua nota.

Além disso, a CBF criticou a Conmebol por não ter seguido devidamente o Protocolo Global Antirracismo da Fifa, que exige medidas enérgicas das federações e confederações diante de casos de discriminação racial. A entidade brasileira reiterou seu compromisso com a política de “tolerância zero” contra atos discriminatórios e afirmou que tomará todas as medidas necessárias contra a violação das normas internacionais, incluindo o protocolo da Fifa.

O caso de racismo que culminou na punição ocorreu durante uma partida entre Palmeiras e Cerro Porteño, quando os jogadores Luighi e Figueiredo foram alvo de insultos racistas por parte dos torcedores paraguaios. A atitude da Conmebol em relação ao episódio gerou revolta e inquietação, levando a CBF a formalizar uma denúncia e solicitar a exclusão do Cerro Porteño da competição.

Diante da resposta considerada insuficiente da Conmebol, tanto a CBF quanto o Palmeiras manifestaram publicamente sua insatisfação com as sanções aplicadas. O clube brasileiro, representado pela presidente Leila Pereira, cogitou levar o caso à Fifa e enfatizou a importância de medidas mais efetivas no combate ao racismo no futebol. A postura das entidades envolvidas demonstra a gravidade da situação e a necessidade de ações mais contundentes para coibir a discriminação racial no esporte.

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