Caxumba: doença contagiosa e sem tratamento específico pode ser prevenida com vacinação



A caxumba, também conhecida como papeira, é uma doença de distribuição universal que apresenta alta morbidade (taxa de incidência) e baixa letalidade (taxa de mortalidade). Causada pelo paramyxovirus da classe rubulavirus, a caxumba é uma infecção viral aguda e contagiosa que pode afetar qualquer tecido glandular e nervoso do corpo humano, sendo mais comum nas glândulas parótidas, responsáveis pela produção de saliva, e nas glândulas submandibulares e sublinguais, próximas ao ouvido.

Embora seja mais comum em crianças em idade escolar e adolescentes, a caxumba pode afetar adultos de todas as faixas etárias. Geralmente, a doença tem uma evolução benigna, mas em casos raros pode resultar em complicações graves e até mesmo em morte.

Os sintomas mais comuns da caxumba incluem febre, dor na face e aumento do volume das glândulas salivares. Além desses sintomas, a doença também pode causar dor no corpo e na cabeça. Em cerca de 30% dos casos, não há aumento aparente das glândulas afetadas.

Complicações mais graves são raras, porém podem ocorrer. Nos homens adultos, a caxumba pode causar inflamação nos testículos, chamada orquite, enquanto nas mulheres pode causar infecção no tecido mamário, chamada mastite. Porém, a meningite e a epididimoorquite são complicações importantes da doença, que geralmente não deixam sequelas.

Em crianças menores de 5 anos, são comuns sintomas respiratórios e perda de audição. Outras complicações incluem encefalite e pancreatite. Não há registro de mortes relacionadas à parotidite. É importante destacar que a ocorrência da caxumba no primeiro trimestre da gestação pode levar a um aborto espontâneo.

A transmissão da caxumba ocorre principalmente através do ar, por meio de gotículas de saliva de pessoas infectadas. Uma vez contaminada, a pessoa pode transmitir o vírus cerca de uma semana antes dos sintomas e até nove dias após o surgimento deles. Por isso, é recomendado que o paciente fique afastado do trabalho ou da escola para evitar a contaminação de outras pessoas.

O diagnóstico da caxumba é geralmente clínico, feito por meio da avaliação médica das glândulas afetadas. A confirmação laboratorial da doença é obtida através de exame de sangue que verifica a presença de anticorpos contra o vírus responsável pela caxumba.

Não há um tratamento específico para a caxumba, uma vez que se trata de uma infecção viral. O próprio sistema imunológico do organismo é responsável por combater o vírus. Os sintomas podem ser aliviados com o uso de anti-inflamatórios, repouso e medicamentos para dor e febre. Em casos de inflamação nos testículos, é recomendado repouso e o uso de suspensórios escrotais para aliviar a dor.

A melhor forma de prevenir a caxumba é através da vacinação. O Sistema Único de Saúde (SUS) oferece de forma gratuita a vacina Tríplice Viral, que protege contra sarampo, caxumba e rubéola, e a vacina Tetra Viral, que adiciona a proteção contra a varicela (catapora). Adultos que não foram infectados ou vacinados na infância ou adolescência devem receber a vacina, exceto gestantes e pessoas com imunodeficiência grave.

É importante destacar que a vacinação é altamente eficaz e tornou a caxumba uma doença rara. No entanto, há a possibilidade de reinfecção quando a imunidade conferida pela vacina diminui ao longo dos anos. Portanto, em caso de sintomas suspeitos, é importante procurar um médico para o diagnóstico e acompanhamento adequados.

Em resumo, a caxumba é uma doença viral que apresenta sintomas como inchaço e dor nas glândulas salivares, febre, dor de cabeça, fadiga, perda de apetite e dificuldade ao mastigar e engolir. A transmissão ocorre principalmente através do contato com saliva de pessoas infectadas. A melhor forma de prevenir a doença é através da vacinação. Embora não haja um tratamento específico, os sintomas podem ser aliviados com medicamentos e repouso. Por isso, é importante ficar atento aos sintomas e buscar assistência médica quando necessário.

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