Cauê Castro repudia comparação de Zema entre pessoas em situação de rua e carros abandonados, destacando a necessidade de acolhimento e políticas públicas.



Recentemente, o superintendente federal, Cauê Castro, fez duras críticas ao governador de Minas Gerais, Romeu Zema, a respeito de uma polêmica declaração feita por este último. Zema comparou pessoas em situação de rua a carros abandonados, sugerindo que deveriam ser “guinchados” das ruas. A declaração gerou indignação e foi amplamente condenada por sua natureza desumana e simplista.

Cauê Castro afirmou que tal comparação demonstra uma total falta de sensibilidade e compreensão da complexidade da problemática que envolve a população em situação de rua. Segundo ele, o aumento desse grupo é, em grande parte, resultado da ausência de políticas públicas direcionadas à moradia, emprego, saúde mental e inclusão social. “Não se guincha um ser humano. Se cuida, se acolhe, se protege. A fala do governador Zema não é apenas ofensiva; ela é um atentado contra os princípios mais básicos dos direitos humanos”, ressaltou Castro, enfatizando que as palavras do governador vão além de uma mera observação da ordem pública, revelando uma visão que ignora a dignidade humana.

Para ilustrar a gravidade da situação, o superintendente destacou o caso de Alagoas, onde mais de cinco mil pessoas estão em situação de rua, evidenciando que essas estatísticas muitas vezes não refletem o sofrimento humano e a luta diária enfrentada por essa população. Castro enfatizou que, embora os números sejam significativos, é crucial lembrar que cada um desses indivíduos possui uma história de vida e merece atenção e cuidado.

Ele ressaltou que “a pobreza não é caso de polícia, é caso de política pública”. A indignação de Cauê Castro se estende ainda à crítica ao elitismo que permeia a fala do governador, que trata o sofrimento humano como um mero incômodo urbano, colocando em evidência uma visão que prefere a exclusão em vez da inclusão. Essa visão, segundo Castro, evidencia uma das faces mais cruéis de um sistema que deveria, na verdade, ser comprometido em promover justiça social e dignidade para todos os cidadãos.

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