O acidente ocorreu logo após a decolagem, às 13h39, horário local, como parte da rota para o aeroporto de Gatwick, em Londres. Apenas um minuto após deixar a pista, a aeronave emitiu um pedido de socorro e posteriormente despencou em um bairro residencial, habitado principalmente por médicos e estudantes de um hospital nas proximidades. O Boeing 787 levava 230 passageiros – a maioria indianos, mas também contava com nacionais britânicos, portugueses e canadenses – além de doze membros da tripulação.
Entre as raras exceções, um homem, Vishwash Kumar Ramesh, um britânico com ascendência indiana de 40 anos, conseguiu escapar dos destroços. Sua história, antes considerada improvável, agora ecoa a enormidade da tragédia. Ele expressou sua incredulidade ao sair ileso: “Ainda não consigo acreditar como consegui sair vivo de tudo isso”, declarou à mídia indiana.
Os novos dados sugerem que, além das fatalidades a bordo, 38 pessoas no solo perderam a vida quando o avião caiu e explodiu. Moradores da área, como o médico Mohit Chavda, relataram momentos de pânico, alegando que uma nuvem de fumaça tomou conta do local onde estavam.
O ministro do Interior, Amit Shah, mencionou que um balanço final só será divulgado após a completa identificação das vítimas, que incluirá análises de DNA. Este desastre já é considerado o mais grave desde o abatimento do voo da Malaysia Airlines em 2014 na Ucrânia, que resultou na morte de 298 pessoas.
Atualmente, os investigadores tentam compreender as causas da tragédia. A recuperação de uma das duas caixas-pretas do voo representa um passo crucial para a investigação. Embora uma equipe de especialistas britânicos e norte-americanos esteja se juntando aos indianos nas apurações, muitos ainda acreditam que é prematuro determinar as causas do acidente. Vídeos nas redes sociais mostram o avião decolando, mas logo incapaz de ganhar altitude, antes de colidir com o solo.
Em resposta ao incidente, a aviação civil indiana ordenou inspeções rigorosas nos Boeing 787 em operação, com foco especial nos motores e sistemas críticos, como flaps e trens de pouso. A situação gerou uma onda de preocupação não apenas local, mas mundial, refletindo a fragilidade da segurança aérea em tempos cada vez mais complexos.