Kaabi destacou que essa exigência poderia prejudicar seriamente as operações da QatarEnergy, empresa estatal da qual é presidente executivo. O Catar, que já é um dos maiores exportadores de GNL do mundo, viu seu papel na matriz energética europeia se fortalecer após a sanção imposta à Rússia em resposta à crise na Ucrânia, tornando-se um fornecedor essencial para a UE.
O ministro alertou que a aplicação das novas regras poderia resultar em um impacto negativo sobre não apenas o setor de GNL, mas também sobre outras exportações do país, como fertilizantes e produtos petroquímicos, além de influenciar as decisões do fundo soberano do Catar, a Qatar Investment Authority. Ele sublinhou que a atual estrutura da legislação é impraticável, especialmente para empresas que operam em larga escala, como a QatarEnergy, a qual necessita de uma extensa e onerosas auditorias para atender aos novos padrões.
A adoção da nova legislação pela UE gerou uma onda de resistência entre as empresas, que levantam preocupações sobre a viabilidade de atender às demandas estipuladas para atingir as metas de emissão líquida zero até 2050. A pressão para adequar-se a um padrão tão elevado representa um desafio e um custo adicional que muitas empresas consideram insustentável, exacerbando a competição industrial.
Se as autoridades da UE não encontrarem formas de flexibilizar ou adaptar essas regras, a potencial interrupção das exportações de gás poderá ter repercussões significativas nas condições energéticas da Europa, que já enfrenta desafios diante de um quadro geopolítico em constante mudança.