CASO MALAQUIAS! Delegado em Alagoas é Preso por Fraude Processual, Revelação de Sigilo e Abuso de Autoridade



Delegado da Polícia Civil de Alagoas é Preso por Fraude Processual e Abuso de Autoridade

Um delegado da Polícia Civil de Alagoas, lotado na Diretoria da Polícia Judiciária da 1ª Região em Maceió, foi alvo de um mandado de prisão preventiva, cumprido nesta quarta-feira (18), após denúncia formalizada pelo Ministério Público do Estado de Alagoas (MPAL). A decisão do Poder Judiciário transforma a autoridade policial de testemunha a réu em uma ação penal que envolve acusações de fraude processual, revelação de sigilo funcional e abuso de autoridade.

A denúncia foi conduzida pela 3ª Promotoria de Justiça de Rio Largo e teve a participação dos promotores de Justiça Lídia Malta e Kleber Valadares, além do Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco). Segundo a acusação, o delegado teria inserido provas forjadas e manipuladas em conluio com outros envolvidos, com o objetivo de desvirtuar a verdade e influenciar o julgamento, induzindo ao erro tanto os jurados quanto a sociedade. Essa conspiração foi revelada após uma autorização judicial que comprovou a troca de favores ilícitos.

O Ministério Público também divulgou a obtenção de conversas comprometedoras, igualmente autorizadas judicialmente, que evidenciam uma trama para incriminar falsamente uma pessoa já assassinada, protegendo assim os verdadeiros autores do crime. "Esta orquestração, conduzida pela autoridade policial, buscava aplicar um verdadeiro golpe à Justiça, o que é inadmissível para qualquer servidor público, especialmente um delegado de polícia", explicaram os promotores Lídia Malta e Kleber Valadares.

A prisão do delegado foi um desdobramento do julgamento de homicídio de Kleber Malaquias, onde ficou evidente que instituições respeitadas estavam sendo manipuladas por criminosos para fins ilícitos. Este desenvolvimento ocorreu após a prisão preventiva e denúncia de um agente de polícia civil, peça-chave para identificar os mandantes do homicídio.

Os promotores Lídia Malta e Kleber Valadares destacaram a importância de a sociedade ter conhecimento da verdade dos fatos, especialmente diante da confusão gerada por informações conflitantes na mídia e redes sociais. Eles enfatizaram que, apesar da gravidade das ações do delegado, os atos criminosos de alguns indivíduos não devem manchar a reputação e o funcionamento das instituições públicas, que são compostas majoritariamente por servidores que respeitam os princípios da honestidade, legalidade e ética.

O MPAL anunciou que novas medidas serão adotadas para identificar outros possíveis envolvidos nos crimes imputados ao delegado. A investigação continuará a aprofundar-se para individualizar as condutas dos cúmplices. "Queremos solidarizar-nos com os profissionais que atuam de forma ética e reafirmam diariamente seu compromisso com os princípios constitucionais e a vida em sociedade. Estendemos nosso apoio especialmente às vítimas, que têm na realização da Justiça um direito fundamental", concluem os promotores.

A ação do MPAL reflete um esforço contínuo para garantir que aqueles que abusam de suas posições de poder sejam responsabilizados, promovendo a justiça e protegendo os direitos da sociedade.

Jornal Rede Repórter - Click e confira!


Botão Voltar ao topo