A revelação chocante veio à tona nesta quarta-feira (18), quando o Ministério Público de Alagoas solicitou a prisão preventiva do delegado Daniel Mayer. Segundo o MP, Mayer teria forjado provas para encobrir os autores do crime contra Malaquias, seguindo um plano desvendado por meio de conversas obtidas com autorização judicial.
Os detalhes fornecidos pelos promotores do caso pintam um quadro preocupante de conspiração e abuso de poder. As conversas interceptadas mostraram que Daniel Mayer, em conluio com os investigados, teria arquitetado incriminar Alessandro Fábio de forma póstuma, uma atitude que os promotores descrevem como “um verdadeiro golpe à Justiça” vindo de alguém que deveria zelar pela lei.
Alessandro Fábio da Silva, de 53 anos, foi vítima de um crime doméstico complexo. Em março de 2022, foi morto pela própria esposa, Josefa Cícera Nunes Flores, na residência do casal, situada no Conjunto Eustáquio Gomes. Na ocasião, ela foi presa em flagrante e admitiu a autoria do disparo que vitimou seu esposo. Relatos iniciais do depoimento dela à polícia descreveram um casamento marcado por constantes brigas e episódios de violência, alimentados pelo consumo de álcool. Josefa alegou que, na madrugada do crime, uma discussão surgiu após seu marido querer brincar de roleta russa, algo que ela se recusou a fazer, culminando em uma briga que terminou em disparo acidental, segundo seu depoimento.
A polícia, após investigar o caso, indiciou Josefa Cícera Nunes Flores por homicídio qualificado, motivado por ciúmes. É crucial mencionar que o sargento Fábio iria testemunhar no caso de Kleber Malaquias a pedido do Ministério Público.
A revelação deste esquema de fraude processual não apenas compromete a integridade do caso Malaquias, mas também lança uma sombra de dúvidas sobre o sistema judiciário e policial. A ação do MP em visar a prisão preventiva do delegado Mayer é um passo para restaurar a confiança pública e garantir que aqueles que realmente são responsáveis pelos crimes enfrentem a justiça.