Conforme revelado pelo delegado Thales Araújo, responsável pelo caso, o relato do adolescente vem lançando luz sobre os momentos finais de Anna. Sob interrogatório, ele detalhou a brutalidade com que a infante foi sujeitada, mencionando ataques com um pedaço de madeira ao crânio e rosto, violência que já havia sido constatada pelos peritos durante exame do corpo. Este material confessorial revelou coordenadamente a sequência de eventos, trazendo verossimilhança ao que já se tem como certeza através das provas periciais.
O menor, vizinho de Anna, revela que o ato de violência sexual foi forçado por um adulto, namorado virtual de apenas duas semanas da tia da vítima, que visitava a comunidade. Este adulto, originário de Goiás, agora dividido entre as frias grades de uma cela, teria, segundo o depoente adolescente, manipulado e cooptado o jovem para participar do crime, sob terríveis ameaças.
A comunidade de Branquinha, antes relativamente tranquila, agora se vê mergulhada em indignação e perplexidade diante da brutalidade revelada. Ainda que não se descarte a participação de outros envolvidos, o delegado confirma que, até o momento, não há indícios irrefutáveis apontando para um terceiro cúmplice. A investigação, no entanto, permanece em aberto, tentando juntar todas as peças deste devastador quebra-cabeça que silenciou tragicamente a inocência de Anna Cecillya.