CAS Nega Recurso Americano e Mantém Bronze de Ana Barbosu na Ginástica

Em um desdobramento que agitou o mundo da ginástica artística, o Tribunal Arbitral do Esporte (CAS) negou o recurso apresentado pela USA Gymnastics, a Federação de Ginástica dos Estados Unidos, relacionado à controversa decisão de retirar a medalha de bronze de Jordan Chiles na final do solo dos Jogos Olímpicos de Paris. A disputa pelo terceiro lugar foi um ponto de grande controvérsia, com a americana Jordan Chiles inicialmente sendo promovida ao pódio após uma revisão de nota, que acabou sendo questionada pela Federação Romena de Ginástica.

A polêmica começou quando a equipe dos Estados Unidos solicitou uma revisão da pontuação de Chiles, que inicialmente havia obtido 13.666 pontos, colocando-a em quinto lugar na final do solo. Com a revisão, sua pontuação foi acrescida de 0,1 ponto, elevando-a a 13.766 e promovendo Chiles ao terceiro lugar, superando as ginastas romenas Ana Maria Barbosu e Sabrina Maneca-Voinea, que estavam empatadas com 13.700 pontos. A Romênia contestou a revisão, argumentando que o pedido americano foi feito fora do prazo regulamentar de um minuto após a divulgação da nota original.

O CAS acolheu a contestação romena, determinando que o pedido dos Estados Unidos foi, de fato, realizado após o período permitido, e decidiu reverter a revisão, restituindo o bronze à romena Ana Maria Barbosu. Em comunicado, a USA Gymnastics expressou sua decepção com a decisão, revelando que pretendem continuar a luta por justiça. “Estamos profundamente decepcionados com a notificação e continuaremos a buscar todas as vias e processos de apelação possíveis, inclusive junto ao Tribunal Federal Suíço, para garantir a justa pontuação, colocação e medalha à Jordan”, afirma a nota oficial.

A Federação americana afirmou possuir vídeos com registros de data e hora que demonstrariam que a contestação foi efetuada dentro do prazo regulamentar. No entanto, mesmo com essas novas evidências, o CAS manteve sua decisão, declarando que não há permissão nos seus regulamentos para reconsiderar uma sentença arbitral já emitida, independentemente de novas provas serem apresentadas.

Este episódio reflete as complexidades e a rigidez dos regulamentos esportivos internacionais, evidenciando como decisões de resultados em competições de alto nível podem ser sujeitas a divergências e contestações prolongadas. A determinação da USA Gymnastics de levar o caso à mais alta corte judicial suíça demonstra a seriedade com que estão tratando a questão, buscando todas as alternativas legais disponíveis para defender os direitos de sua atleta.

Esta situação torna-se um marco importante na trajetória de Jordan Chiles, ilustrando não apenas a emoção e a pressão das competições olímpicas, mas também os desafios administrativos e judiciais que podem surgir no âmbito do esporte de alto rendimento. A decisão final sobre este caso ainda está por ser vista, mas certamente deixará uma marca significativa no mundo da ginástica artística.

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