Segundo o agente, Janja foi autorizada a visitar Lula apenas meses após sua prisão, mas cuidava dele mesmo estando fora da cadeia, enviando sopa quase diariamente por meio de advogados. Chastalo afirmou que o casal trocava cartas constantemente e que o suporte emocional de Janja foi fundamental para o ex-presidente durante seu período na prisão.
No entanto, apesar do apoio de sua companheira, os dias de Lula na prisão foram marcados por tristes perdas. No curto período de dois meses, o advogado Sigmaringa Seixas e o irmão de Lula, Genival, faleceram. O ex-presidente não pôde comparecer ao funeral de seu irmão devido à liberação ser concedida pouco tempo antes do sepultamento.
No entanto, o momento mais doloroso para Lula, de acordo com Chastalo, foi a morte de seu neto Arthur, de apenas 7 anos, vítima de meningite bacteriana. O agente descreveu o sofrimento do ex-presidente e como a perda do neto o abalou profundamente.
Além disso, Chastalo relembrou o planejamento para levar Lula até a penitenciária e a convocação de 60 policiais de outras localidades para reforçar a segurança da PF durante o período em que o ex-presidente esteve detido. O carcereiro ainda mencionou as opiniões expressas por Lula em relação ao então presidente Jair Bolsonaro, na época derrotado na eleição de 2022, destacando que o ex-presidente considerava Bolsonaro despreparado para conduzir o país.
Mesmo afirmando que não queria mais ser presidente da República, Lula expressava o desejo de retornar ao Palácio do Planalto diante da tentativa de manchar sua biografia. Chastalo revelou que o ex-presidente repetia mais de uma vez que sairia da prisão e retornaria ao poder, apesar das adversidades enfrentadas.
Dessa forma, a história de Lula durante sua prisão em Curitiba revela não apenas o sofrimento pessoal do ex-presidente, mas também suas aspirações políticas para o futuro, marcando um capítulo importante na história recente da política brasileira.