Capitão do Exército tentou ser deputado distrital em 2022, mas é condenado por esquema de desvio de pneus militares, enfrentando possível perda de posto e patente.



O capitão Enes Fonseca Júnior, de 60 anos, cuja carreira militar foi marcada por realizações e polêmicas, encontra-se atualmente envolvido em um escândalo de desvio de recursos públicos. Recentemente, o Superior Tribunal Militar (STM) manteve a condenação do oficial a 4 anos de reclusão por peculato, em decorrência de sua participação em um esquema criminoso que resultou no desvio de mais de 260 pneus do Exército Brasileiro, em conluio com um borracheiro do Distrito Federal.

A trajetória do capitão, que tentou ingressar na política como deputado distrital em 2022 pelo Partido da Mulher Brasileira (PMB), foi prontamente interrompida pela revelação dos crimes cometidos entre 2015 e 2019. Essas atividades ilícitas acarretaram um prejuízo expressivo de quase R$ 300 mil aos cofres públicos, levando a uma condenação que transcende os limites da justiça eleitoral e alcança a esfera militar.

O oficial, apesar de sua posição de destaque no Exército como ex-comandante do Pelotão de Transporte do Batalhão da Guarda Presidencial (BGP), viu-se diante de acusações graves que comprometem não apenas sua reputação, mas também sua posição hierárquica dentro da instituição. A possibilidade de perder o posto e a patente em virtude da condenação representaria um golpe irreparável em sua carreira e legado.

A denúncia apresentada revela um cenário de corrupção e desvio de materiais destinados à manutenção das viaturas militares, envolvendo o desvio de pneus novos e recauchutados, que posteriormente eram comercializados através de um acordo ilegal entre o capitão e o borracheiro. O impacto dos atos ilícitos cometidos por Enes Fonseca Júnior tornou-se evidente com a descoberta do esquema, que resultou na paralisação de diversas viaturas militares devido à utilização de pneus inadequados.

Durante o processo judicial, a defesa do capitão tentou justificar as transações como “empréstimos” realizados devido a dificuldades financeiras, porém as evidências apresentadas pelos investigadores desmontaram essa versão, apontando para a prática sistemática de desvio de recursos e corrupção. A falta de resposta da defesa de Enes Fonseca Júnior diante das acusações reforça a gravidade do caso e a necessidade de responsabilização por seus atos.

No âmbito militar, a condenação por peculato impõe ao capitão punições severas que transcendem a esfera judicial, afetando sua carreira e reputação de forma irreversível. O desfecho desse escândalo de corrupção envolvendo um militar de alta patente lança luz sobre a importância da transparência e ética no serviço público, reforçando a necessidade de combater práticas ilícitas que comprometem a integridade das instituições.

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