Cão diagnosticado com raiva em São Paulo levanta preocupações sobre a doença; medidas de prevenção são adotadas



No dia 31 de agosto, um laudo assinado pelo virologista Paulo Eduardo Brandão, responsável pelo Laboratório de Zoonoses Virais do Departamento de Medicina Veterinária Preventiva e Saúde Animal da USP, confirmou o diagnóstico de raiva em um cão no município de São Paulo. O animal foi resgatado no dia 27 de agosto e levado para um centro veterinário em Taboão da Serra, devido aos sintomas neurológicos que apresentava. No entanto, seu estado de saúde piorou e foi decidido pela eutanásia como uma medida humanitária.

O corpo do cão foi então encaminhado para a Faculdade de Medicina Veterinária da USP, onde uma análise do cérebro foi realizada. O exame de PCR confirmou a presença do vírus da raiva, porém não foi possível determinar se era da variante canina ou transmitida por morcegos. Novos testes serão realizados para chegar a uma conclusão.

No estado de São Paulo, o último caso de raiva em cães, da variante canina, foi registrado em 1997. Após o diagnóstico, a Divisão de Vigilância de Zoonoses (DVZ) da Secretaria Municipal de Saúde tomou as medidas necessárias, vacinando as pessoas que tiveram contato direto com o animal e promovendo uma campanha de vacinação em cães e gatos da região onde o cão infectado foi resgatado.

A raiva é uma doença viral grave que afeta mamíferos, incluindo os seres humanos. A transmissão ocorre através do contato com a saliva de um animal infectado, seja por mordida, lambida ou arranhão. Se os cuidados não forem tomados precocemente, o vírus ataca o sistema nervoso central, inflamando o cérebro e outros órgãos.

Segundo Brandão, os casos de raiva em cães diminuíram significativamente em São Paulo devido ao trabalho de imunização dos animais. No entanto, ainda é comum encontrar morcegos infectados com o vírus da raiva na região. O problema se agrava quando cães e gatos entram em contato com esses animais e são mordidos, transmitindo a doença.

A raiva costuma acentuar o comportamento natural do animal, deixando-o mais agitado e agressivo, além de poder causar paralisia e salivação. Para prevenir a raiva, é importante vacinar cães e gatos contra a doença. A vacina é oferecida gratuitamente pelo SUS devido ao risco de transmissão para humanos. Caso alguém seja atacado por um animal suspeito de estar infectado com o vírus, é crucial procurar um serviço de saúde imediatamente para receber a vacinação e, em alguns casos, a aplicação de imunoglobulina ou soro antirrábico.

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