Candidatos da PMDF denunciam erros no edital de concurso e pedem justiça após eliminações por supostas falhas na avaliação da documentação exigida.



Suspensão do Concurso da Polícia Militar do DF Gera Controvérsias e Incertezas nos Candidatos

Os candidatos ao cargo de oficial da Polícia Militar do Distrito Federal (PMDF) enfrentam uma situação de incerteza após a suspensão do concurso, que ocorreu em 12 de maio de 2025. A decisão da banca examinadora, Cebraspe, foi motivada por alegações de falhas no critério de avaliação, resultando em uma série de indeferimentos e eliminações que afetaram dezenas de participantes.

Hugo Paulo, um candidato de 30 anos, compartilha sua experiência frustrante. Ele se preparou intensamente para o concurso e apresentou todos os documentos exigidos dentro do prazo estipulado. No entanto, recebeu a notificação de que sua inscrição havia sido negada sob a justificativa de não ter apresentado a documentação necessária. Hugo, que conseguiu tirar print da resposta do Cebraspe, informou que a página com a justificativa foi posteriormente removida do ar, dificultando o acesso à informação para outros candidatos que também foram desclassificados.

Outro candidato, de 27 anos e que preferiu não se identificar por temor de represálias, mencionou que seu recurso foi negado com base na alegação de que ele não atendia à exigência de idade. Segundo o edital do concurso, os candidatos deveriam ter no máximo 30 anos até a data limite das inscrições. A angústia é palpável entre os aspirantes, que se veem obrigados a buscar alternativas legais diante do indeferimento de suas solicitações de reavaliação.

De acordo com a PMDF, após o lançamento do edital, foi aberto um prazo para que os candidatos com inscrições negadas pudessem regularizar suas situações. O Cebraspe afirmou que, como o concurso está suspenso, as publicações e atividades referentes ao certame também estão interrompidas, deixando os candidatos à espera de novas orientações.

A polêmica aumentou quando, após a eliminação de vários candidatos devido a questões de idade em maio, o Tribunal de Justiça do DF suspendeu o concurso a pedido do Ministério Público, que argumentou que deveria haver uma reserva de cotas para pessoas com deficiência (PCDs). A Justiça reconheceu a necessidade de garantir oportunidades para esses candidatos, destacando que a falta de inclusão representa um risco substancial.

A inclusão de cotas para PCDs já gerou controvérsias para a PMDF, que a princípio alegou que a reserva de vagas não se aplicava aos cargos militares. Entretanto, diversas recomendações do Ministério Público sugerem que essa exclusão é discriminatória e que deve-se garantir fair play na competição profissional, com espaços dedicados a todos os tipos de candidatos.

Enquanto a questão judicial ainda se desenrola, centenas de pessoas continuam a viver a ansiedade de um futuro incerto, esperando que seus direitos sejam respeitados e que a justiça prevaleça na reabertura do concurso. O cenário é um lembrete da importância da transparência e da equidade nos processos seletivos públicos, que devem ser acessíveis a todos, independentemente de suas condições.

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