Segundo o candidato, Ciorlin atuou apenas como um “despachante” na compra de uma aeronave, e ele não tinha conhecimento das acusações que pesavam contra o empresário. Marçal se defendeu, alegando que a transação foi apenas pontual e que não manteve negócios contínuos com o acusado.
No entanto, uma reportagem do Metrópoles revelou que Ciorlin é acusado pelo Ministério Público Federal de participar da aquisição e ocultação de aeronaves para traficantes que transportavam grandes quantidades de cocaína da Bolívia para o Brasil. Quando Marçal assinou a procuração, o empresário já havia sido preso pela Polícia Federal e se tornado réu em um processo criminal.
Além de Pablo Marçal, o sócio do candidato, Marcos Paulo de Oliveira, também assinou a procuração. O documento autorizava Ciorlin a representar a empresa de Marçal em agências governamentais relacionadas à aviação e telecomunicações.
A aeronave em questão, um jatinho Cessna Aircraft, modelo 510 e ano 2008, foi adquirida por Marçal por R$ 9,13 milhões. A provável ligação do candidato com o empresário acusado de tráfico de drogas levanta preocupações sobre a transparência e idoneidade de sua campanha política na corrida pela prefeitura de São Paulo. O caso continua sendo investigado pelas autoridades competentes.