Em sua jornada eleitoral, Pimenta não está sozinho. Seu companheiro de chapa é Francisco Muniz, também filiado ao PCO. Curiosamente, Muniz segue os mesmos passos de Pimenta no que diz respeito à ausência de bens para declarar. Em 2020, quando concorreu ao cargo de vereador nas eleições municipais, Muniz igualmente informou à Justiça Eleitoral que não possuía patrimônio algum.
João Pimenta tem 27 anos e é jornalista de formação. Ele carrega em seu sobrenome a influência política de seu pai, Rui Costa Pimenta, presidente do Partido da Causa Operária. Essa linhagem política parece ter influenciado o jovem, que desde cedo se envolveu na militância estudantil. Atualmente, Pimenta é coordenador da Aliança da Juventude Revolucionária (AJR), um grupo que mobiliza jovens em torno de pautas revolucionárias e críticas ao sistema vigente.
Apesar de sua juventude e da limitada experiência eleitoral, o candidato tem conseguido algum destaque. De acordo com a pesquisa mais recente realizada pelo Datafolha, João Pimenta possui 2% das intenções de voto dos eleitores paulistanos. Embora o número possa parecer modesto, ele reflete um crescimento de visibilidade e aceitação das propostas trazidas pelo partido e sua militância.
O PCO é historicamente conhecido por sua postura crítica e combativa em relação ao sistema capitalista e às desigualdades sociais. Nesse contexto, a declaração de ausência de bens dos candidatos pode ser interpretada tanto como um reflexo de sua realidade financeira quanto uma atitude simbólica alinhada aos ideais do partido.
À medida que a corrida eleitoral avança, a candidatura de Pimenta será um interessante ponto de observação. Ele representa um segmento jovem e engajado da população que busca alternativas políticas fora do mainstream. Resta saber como essa candidatura será recebida pelos eleitores de São Paulo, uma cidade marcada pela diversidade e complexidade de suas demandas sociais e políticas.