González apontou que um documento anônimo teria instruído os militares a enviar fotografias digitais de atas escaneadas através de um aplicativo, com o intuito de conduzir uma contagem própria dos votos. “Isso é gravíssimo, ilegal e inconstitucional”, escreveu a candidata em suas redes sociais, exigindo uma resposta imediata do Conselho Nacional Eleitoral (CNE) e solicitando informações adicionais sobre o procedimento.
Essa denúncia ocorre em um clima de tensão política, onde o atual presidente, Daniel Noboa, está buscando a reeleição, enfrentando críticas por possíveis violações das normas eleitorais. A situação é exacerbada por relatos de tentativas de manipulação do processo eleitoral, o que levou o secretário-geral da Revolução Cidadã, Andrés Arauz, a pedir uma auditoria por parte de observadores internacionais para garantir a transparência da digitalização e transmissão dos resultados.
Além disso, o ex-presidente Rafael Correa expressou preocupações sobre o uso de inteligência artificial para interferir nas votações, alertando que esse tipo de tecnologia poderia ser empregado para prejudicar a candidatura de González.
Com a possibilidade de um segundo turno em abril, os candidatos devem obter mais de 50% dos votos, ou 40% com uma vantagem de pelo menos dez pontos sobre o segundo colocado, para serem eleitos. A importância dessa eleição não pode ser subestimada, pois o futuro político e econômico do Equador pode ser decidido nas próximas horas, enquanto os cidadãos se prepararam para votar obrigatoriamente, com penalidades impostas àqueles que não comparecerem às urnas.
Em meio a essas controvérsias, o que se espera é que o processo eleitoral se desenrole de forma justa e livre de interferências, permitindo que a vontade do povo equatoriano prevaleça.